Nanopartículas de carbono combatem desertificação
As nanopartículas de carbono biofuncionalizadas, carregadas negativamente, mostram eficiência
Em um artigo recentemente publicado por Aaron Chimelis na revista online The Gabber, exploramos os avanços da nanotecnologia na luta contra a desertificação, com foco na pesquisa realizada por uma equipe internacional de cientistas da Universidade da Flórida.
A desertificação, um fenômeno que afeta várias regiões do mundo, está sendo estudada de perto por esse grupo de pesquisadores com o objetivo de encontrar métodos inovadores para reverter a perda de fertilidade do solo. No caso específico da Flórida, onde uma grande parte do terreno é composta por areia, a região se mostra como um laboratório ideal para investigar como melhorar a produtividade do solo de maneira ambientalmente sustentável.
O Dr. Xiaoping Xin, pesquisador pós-doutorado da equipe, destaca que aproximadamente 31% da superfície mundial é composta por solos arenosos. Esses solos apresentam baixa capacidade de retenção de água e nutrientes, levando os agricultores a aplicar maiores quantidades de água e fertilizantes para obter resultados ideais.
Para enfrentar esse desafio, a equipe de cientistas do solo, liderada pela Dra. Xin, está explorando diversas alternativas. Uma das mais promissoras envolve o uso de nanopartículas de carbono como emendas do solo.
As nanopartículas de carbono biofuncionalizadas, carregadas negativamente, mostram eficiência ao reter nutrientes carregados positivamente, como nitrogênio e fósforo. Além disso, contribuem para reduzir a escorrência de água. Quando essas partículas foram aplicadas ao solo usado para cultivar milho, os resultados foram altamente encorajadores.
A adição de carbono ao solo, graças a essas nanopartículas, supre a deficiência natural desse elemento em solos arenosos. O carbono, essencial para o crescimento das plantas, melhora as condições de cultivo de diversos alimentos, neste caso, o milho.