Na exportação, carne de frango obtém melhor resultado dos últimos cinco anos em volume e receita
Os embarques de carne de frango foram inferiores aos do mesmo mês do ano anterior
Em novembro passado, pela terceira vez no corrente exercício, os embarques de carne de frango foram inferiores aos do mesmo mês do ano anterior, recuando ao segundo menor nível de 2021. Isso, porém, não afetou os resultados acumulados entre janeiro e novembro, quase 8,5% superiores aos de idêntico período de 2020. Nesses 11 meses, o volume dos quatro principais itens exportados – frango inteiro, cortes, carne salgada e industrializados de frango – somou 4,072 milhões de toneladas – 316.285 toneladas a mais que idênticos meses anteriores.
Como o incremento no volume foi acompanhado de significativa valorização nos preços médios do produto – nos primeiros cinco meses do corrente semestre, quase 30% a mais que no mesmo período de 2020 – o aumento na receita cambial é bem mais expressivo. Porque os quase US$6,8 bilhões acumulados no período representam aumento próximo de 25% sobre os mesmos 11 meses do ano passado.
Com o desempenho até agora observado, 2021 deve ser encerrado com o maior volume já exportado pela indústria brasileira do frango, superando-se assim o recorde mantido desde 2016, ocasião em que os embarques do ano foram ligeiramente além dos 4,3 milhões de toneladas.
Porém, a despeito da forte valorização do produto no decorrer do ano, a receita cambial pode, quando muito, alcançar o valor registrado em 2012, quando o faturamento do setor chegou aos US$7,7 bilhões. Ou seja: ela tende a permanecer, ainda, aquém do que foi registrado em 2011, 2013 e 2014, anos em que a receita cambial da carne de frango exportada girou entre um mínimo de US$7,9 e US$8,2 bilhões anuais.
De toda forma, tanto receita cambial quanto volume embarcado apresentam, neste ano, o melhor resultado do quinquênio 2017/2021.