Mulheres rurais da Costa Rica desenvolvem tecnologias
As mulheres desenvolveram projetos em oito áreas
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Um bom exemplo de protagonismo feminino no campo vem da Costa Rica. Por meio de uma iniciativa local 21 mulheres de zonas rurais trabalharam no desenvolvimento de ferramentas tecnológicas para melhorar a qualidade de vida de suas comunidades e do meio ambiente.
As participantes foram capacitadas nas ferramentas de acesso livre Mobile Topograber (de topografia), Kobo ToolBox (coleta de dados), Google Earth (satélite) e ArcGIS On-line (mapeamento e análise), que permitem o levantamento e o processamento de dados nas comunidades e o mapeamento de rios, cultivos, pontos de venda de produtos agrícolas e outros aspectos críticos para a tomada de decisões sobre a gestão sustentável dos recursos naturais.
Tudo foi virtual. As mulheres desenvolveram projetos nas áreas de reflorestamento, recuperação da biodiversidade, saneamento público, melhoria de pastos para a alimentação do gado, gestão dos recursos hídricos, manejo ambiental de aquedutos comunais, agroturismo e agroempreendimento.
Um dos destaques foi o projeto Arara Verde, da jovem Andrea Alvarado (de Los Santos de Upala, norte do país), que tem por objetivo registrar e monitorar, mediante ferramentas geoespaciais, os esforços da sua comunidade no reflorestamento.“Trata-se de uma zona que, na minha infância, era habitada por araras-verdes e que, devido à má gestão dos recursos naturais, deixou de ser visitada por essas aves”, disse Alvarado.
Outro dos projetos elogiados foi o de produção e comercialização de fungos comestíveis de Marcia Redondo, de Cartago, que desenvolveu um aplicativo para monitorar os níveis de umidade do lugar de cultivo e que se conecta, mediante mapas, com clientes dentro e fora da sua comunidade. “Desenvolvi esse projeto cultivando um produto com alto teor de proteína para uma alimentação mais saudável e uma produção sustentável”, disse Redondo.
Um dos objetivos do rally foi converter as jovens e os seus desenvolvimentos tecnológicos em agentes de transformação para outras mulheres e meninas. Para Rafaella Sánchez Mora, Coordenadora da Unidade Técnica para a Igualdade de Gênero e o Empoderamento das Mulheres do PNUD na Costa Rica, “esta iniciativa é muito valiosa por trazer soluções inovadoras, que respondem aos problemas das comunidades desenvolvidas por atores locais”.