Calor deve retornar nesta semana
Confira a previsão para os próximos dias
Revisão de Aline Merladete
No decorrer desta semana, são esperadas mudanças no padrão das chuvas e das temperaturas sobre o país. Isso deve acontecer devido ao enfraquecimento da Zona de Convergência do Atlântico Sul (ZCAS) ainda no início do período e o fortalecimento de uma massa de ar quente sobre a Argentina, Paraguai e cone sul do Brasil.
As chuvas devem ser recorrentes em áreas da região Norte, como no AMACRO assim como na metade norte do Mato Grosso. Já na região Sudeste, embora as instabilidades possam ser mais recorrentes, áreas do oeste Paulista e Triângulo Mineiro devem registrar chuvas muito irregulares, assim como no sul do Rio Grande do Sul.
As projeções também sinalizam para um período mais seco em áreas do Norte da Bahia e Sealba; norte de Roraima, Mato Grosso do Sul e Rio Grande do Sul. Onde as temperaturas deverão ser mais elevadas no decorrer do período.
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Destaque para o retorno do calor
A semana começa com temperaturas amenas no Sul, devido à influência de uma massa de ar polar. No Centro-Oeste e Sudeste, uma massa de ar quente e seca eleva as temperaturas, com picos acima de 37ºC, especialmente em Mato Grosso do Sul e São Paulo e Oeste do Rio Grande do Sul. No Nordeste, o sertão deve enfrentar temperaturas elevadas, enquanto no Norte, Boa Vista terá temperaturas altas devido à menor ocorrência de chuvas.
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Sul
A formação de um sistema de baixa pressão na costa da região, deve aumentar as condições de chuvas no leste de Santa Catarina e Paraná ao longo da semana. A expectativa é de baixos volumes ao longo do período, embora algumas trovoadas isoladas possam acontecer. As projeções indicam um tempo mais seco sobre o Rio Grande do Sul, além disso, espera-se um maior aquecimento no decorrer dos próximos dias, com os termômetros se aproximando dos 38°C na sexta-feira (02), no sudoeste gaúcho. Essas temperaturas serão acompanhadas por baixos índices de umidade, aumentando a demanda hídrica das lavouras na região.
UF | Região | Maior Acumulado | Região | Menor Acumulado |
---|---|---|---|---|
RS | Campanha Ocidental | 74 mm | Guaporé | 21 mm |
SC | Rio do Sul | 93 mm | Itajaí | 30 mm |
PR | Ibaiti | 82 mm | Cianorte | 28 mm |
Sudeste
As condições de chuvas volumosas ainda persistem sobre a região, concentrando os maiores acumulados sobre Minas Gerais, leste de São Paulo e Rio de Janeiro, onde são esperados até 60 mm. Essas chuvas podem ser intensas em áreas do Vale do Paraíba e Serra da Mantiqueira. Contudo, somente a partir de quinta (01) as instabilidades deverão ser mais presentes no oeste Paulista e Triângulo Mineiro. Até lá, as condições seguem com o predomínio de uma massa de ar quente e seco. Assim que os corredores de umidade se deslocarem em direção ao sul da região, o norte de Minas volta a ter uma condição de tempo mais seco.
UF | Região | Maior Acumulado | Região | Menor Acumulado |
---|---|---|---|---|
SP | Piedade | 87 mm | Batatais | 38 mm |
MG | Andrelândia | 88 mm | Janaúba | 27 mm |
RJ | Vale do Paraíba Fluminense | 90 mm | Santo Antônio de Pádua | 46 mm |
ES | Afonso Cláudio | 79 mm | São Mateus | 39 mm |
Centro-Oeste
As chuvas volumosas se concentram ao norte da região, especialmente no início da semana, ainda sob a influência dos corredores de umidade. Essas chuvas mais frequentes e o tempo encoberto deve manter as temperaturas mais baixas para a época do ano ao norte do Mato Grosso e norte de Goiás. Por outro lado, uma massa de ar quente e seco deve influenciar as condições sobre o Mato Grosso do Sul em praticamente toda a semana, mantendo o tempo firme ao sul do estado e as temperaturas muito elevadas no oeste, com marcas próximas aos 40°C. Apesar disso, no final de semana, áreas de instabilidade podem avançar para o sul do Mato Grosso do Sul, levando chuvas na forma de trovoadas isoladas.
UF | Região | Maior Acumulado | Região | Menor Acumulado |
---|---|---|---|---|
MS | Alto Taquari | 82 mm | Iguatemi | 36 mm |
MT | Parecis | 149 mm | Alto Paraguai | 82 mm |
GO | Sudoeste de Goiás | 126 mm | Vão do Paranã | 63 mm |
DF | Brasília | 77 mm | Brasília | 77 mm |
Nordeste
Ainda no começo da semana, as chuvas devem ocorrer em boa parte da região. Entretanto, as instabilidades vão perdendo intensidade ao longo dos próximos dias, perdendo espaço para uma massa de ar mais quente e seco. Desta forma, espera-se que as chuvas sejam mais recorrentes em áreas do oeste do nordeste, como no oeste Baiano, Maranhão e Piauí. No final da semana, as instabilidades podem ser mais recorrentes em áreas da faixa norte, embora apresentem um comportamento de pancadas isoladas e passageiras. Com a diminuição das chuvas, espera-se um aumento das temperaturas. Em relação às lavouras, a redução das instabilidades devem favorecer os tratos culturais e as operações de plantio, que ainda avançam em algumas áreas.
UF | Região | Maior Acumulado | Região | Menor Acumulado |
---|---|---|---|---|
BA | Santa Maria da Vitória | 61 mm | Irecê | 16 mm |
SE | Estância | 31 mm | Carira | 11 mm |
AL | Litoral Norte Alagoano | 44 mm | Batalha | 9 mm |
PE | Recife | 68 mm | Alto Capibaribe | 18 mm |
PB | João Pessoa | 72 mm | Seridó Oriental Paraibano | 12 mm |
RN | Litoral Sul | 61 mm | Seridó Oriental | 13 mm |
CE | Fortaleza | 59 mm | Santa Quitéria | 17 mm |
PI | Médio Parnaíba Piauiense | 62 mm | Litoral Piauiense | 26 mm |
MA | Litoral Ocidental Maranhense | 118 mm | Baixo Parnaíba Maranhense | 61 mm |
Norte
As instabilidades tropicais serão recorrentes em praticamente toda a região, incluindo a maior influência da Zona de Convergência Intertropical (ZCIT) ao norte do Amapá e norte do Pará. Nos demais setores, as chuvas devem se concentrar em áreas do oeste e suidoeste da região, sobretudo no AMACRO, onde são esperados volumes na ordem dos 150 mm no decorrer do período. Já em áreas do norte de Roraima, a semana terá escassez de chuvas. No que diz respeito às temperaturas, o período deve ter marcas abaixo da média em áreas do sul, em função das chuvas recorrentes, ao passo que ao norte as temperaturas serão mais elevadas.
UF | Região | Maior Acumulado | Região | Menor Acumulado |
---|---|---|---|---|
BA | Santa Maria da Vitória | 61 mm | Irecê | 16 mm |
SE | Estância | 31 mm | Carira | 11 mm |
AL | Litoral Norte Alagoano | 44 mm | Batalha | 9 mm |
PE | Recife | 68 mm | Alto Capibaribe | 18 mm |
PB | João Pessoa | 72 mm | Seridó Oriental Paraibano | 12 mm |
RN | Litoral Sul | 61 mm | Seridó Oriental | 13 mm |
CE | Fortaleza | 59 mm | Santa Quitéria | 17 mm |
PI | Médio Parnaíba Piauiense | 62 mm | Litoral Piauiense | 26 mm |
MA | Litoral Ocidental Maranhense | 118 mm | Baixo Parnaíba Maranhense | 61 mm |