Clima irregular impacta grãos e oleaginosas na Europa
Chuvas beneficiam parte da Europa, mas seca persiste em áreas estratégicas
Um relatório divulgado nesta terça-feira (03) pelo Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), por meio do boletim Weekly Weather and Crop Bulletin, destacou mudanças climáticas na Europa. Durante o período monitorado, a onda de frio registrada na terceira semana de novembro foi substituída por temperaturas anormalmente elevadas, combinadas com chuvas intensas em algumas regiões agrícolas do sudeste europeu.
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O aumento térmico variou de 1°C a 4°C acima do normal em áreas como Inglaterra, França, Polônia e Estados Bálticos, com picos de até 6°C acima da média no sudoeste da França. Essas condições derreteram a cobertura de neve recente, transformando a precipitação semanal de 10 a 35 mm em chuva, o que manteve os níveis de umidade adequados para grãos e oleaginosas dormentes de inverno. No entanto, colheitas em partes ocidentais da Europa ainda permanecem em estágio vegetativo.
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Nem todas as regiões se beneficiaram do clima úmido. O sudoeste da Hungria registrou a precipitação mais baixa dos últimos 30 anos, com acumulados de apenas 35% do volume normal desde outubro. No norte da Itália, a situação é igualmente crítica, com níveis de chuva em 30 dias abaixo de 10% do esperado.
Por outro lado, a Grécia e os Bálcãs ocidentais receberam chuvas moderadas a intensas, variando entre 10 e 90 mm, aliviando a seca de curto prazo e favorecendo as plantações de inverno, embora tenham causado inundações localizadas. Na Península Ibérica, precipitações leves a moderadas, entre 2 e 30 mm, ajudaram no desenvolvimento de grãos de inverno. Contudo, algumas áreas centrais da Espanha enfrentam sinais de seca, com níveis de chuva entre 10% e 30% abaixo do normal nos últimos 30 dias.