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MT tem potencial de liderança na fruticultura

Hoje a participação no mercado é mínima e chega a 1%, devido a falta de estrutura da cadeia



Hoje a participação no mercado é mínima e chega a 1%, devido a falta de estrutura da cadeia


A fruticultura ainda não é o forte de Mato Grosso, que está apoiado na produção de grãos como a soja, algodão e milho e na pecuária. Porém, segundo especialista na área de fruticultura, a estruturação da cadeia pode garantir ao Estado uma futura liderança. Hoje a participação mato-grossense no mercado brasileiro de frutas não chega a 1%, no entanto, o consumo tem condições de movimentar R$ 122 milhões. O Brasil atualmente é o terceiro maior produtor de frutas do mundo, com uma produção que supera 41 milhões de toneladas, perdendo apenas para China e Índia. Nesse cenário ao menos 70% dos produtos originários da agricultura familiar consumidos em Mato Grosso vêm de outros estados. Entre eles, destaque para verduras, legumes, frutas e leite. Hoje as principais frutas produzidas no Estado são: banana, abacaxi, maracujá, caju, coco, mamão e manga. 

Entre os maiores produtores de frutas no Estado, tem se um destaque maior para os municípios do Nortão. Entre eles, Terra Nova do Norte, Tangará da Serra e São José dos Quatro Marcos, que em suma possuem produtores organizados em pequenas cooperativas. Na Baixada Cuiabana há uma pequena produção concentrada na região de Barão de Melgaço (tangerina), Jangada (limão e banana) e Poconé (abacaxi e maracujá). 
 
Segundo o engenheiro agrônomo e professor em fruticultura Luciano Gomes o Estado tem um grande potencial edafoclimático (relação planta-soloclima para plantio), e socioeconômico para exploração comercial da fruticultura, porém vários fatores tem limitado o avanço desse segmento agrícola, dentre eles está a carência
de pesquisas científicas e profissionais capacitados atuando no setor. 

De acordo com o especialista, o setor que envolve a produção de frutas é um dos que necessitam de menor investimento para a geração de um emprego no país. 
 
Gomes explica que com uma cadeia estruturada, investimentos em políticas pública, hoje é possível alcançar um faturamento bruto de R$ 1.000 a R$ 20.000 por hectare com a fruticultura. Além disso, para cada US$ 10 mil investidos em fruticultura, geram-se 3 empregos diretos permanentes e dois empregos indiretos. “É umas das cadeias mais promissoras, porém necessita de estruturação em Mato Grosso”. 

DIFICULDADES
Mato Grosso conta com cerca de 150 mil famílias produtoras que participam dos programas de agricultura familiar, e os desafios de produção em escala, constância de oferta, a falta de um centro de abastecimento e
assistência técnica, são apontados como os principais fatores que contribuem com a falta de estrutura da cadeia no Estado. Segundo Gomes, o que falta para que a fruticultura deslanche em Mato Grosso “é uma organização da cadeia de forma a oferecer segurança para o comércio interno”, pontua. 
 
Conforme ele, o segmento doméstico está aberto aos produtores, todavia a falta de estrutura, faz com que a maioria dos produtos sejam trazidos de outros estados, como São Paulo. 
 
“Hoje os supermercados do Mato Grosso são obrigados a trazer de outros estados, frutas e verduras, pois
a produção regional não oferece segurança e constância”, informa. Segundo ele, com a implantação de um
programa de fruticultura no Estado, seria possível abastecer importantes mercados no próprio estado com um Índice Potencial de Consumo de frutas estimado em R$ 122,6 milhões, Brasília com o IPC de R$ 164,9 milhões,
a região Goiânia com o IPC de R$ 95 milhões e ainda o Sudeste com o IPC estimado em R$ 3,5 bilhões. 
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