Monsanto afirma que pretende cobrar royalties de produtores no momento da comercialização
Em nota divulgada nesta terça-feira (16-09) aos veículos de comunicação do Rio Grande do Sul, a Monsanto informou que pretende cobrar royalties dos produtores gaúchos que plantarem soja transgênica no momento em que comercializarem o produto. Porém, não especificou qual o valor da cobrança. Com o plantio previsto para iniciar no final do mês, os produtores do RS reafirmam que irão plantar o grão modificado geneticamente e não pretendem ressarcir a multinacional. Eles alegam que a semente utilizada não é a Roundup Ready e sim uma variedade própria. Portanto, a Monsanto não teria o direito de cobrar royalties.
O presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura no Rio Grande do Sul (Fetag), Ezídio Pinheiro, alega que o cultivo dos Organismos Geneticamente Modificados (OGMs) vem sendo utilizado há cinco anos no Estado. Com isso, reitera que o produtor já teria uma variedade própria da semente. Destaca que a multinacional somente terá o direito de cobrar do sojicultor caso este venha a adquirir a semente da empresa. Para o presidente da Federação da Agricultura do Estado (Farsul), Carlos Sperotto, a Monsanto divulgou esta declaração em um momento inoportuno, visto que o projeto de lei que regulamenta o plantio ainda está tramitando na Câmara dos Deputados e não há certeza se o plantio será liberado.
Levantamento da safra de grãos
O presidente da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), Luís Carlos Guedes Pinto, anuncia nesta quarta-feira (17-09), às 11h, o sexto levantamento da safra brasileira de grãos 2002/03 e a terceira avaliação das culturas de inverno. O levantamento foi realizado entre os dias 25 e 30 de agosto, em 284 municípios do país. O prognóstico anterior, divulgado em julho, previa uma produção de 120,2 milhões de toneladas de grãos, sendo aproximadamente 50 milhões de toneladas somente de soja. O Rio Grande do Sul produziu cerca de 10 milhões de toneladas da oleaginosa durante a safra 2002/03.