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Modelo suíço pode detectar fraude alimentar

“Com pequenos ajustes nos parâmetros, o nosso modelo pode ser usado para determinar todos os produtos vegetais”



Foto: Divulgação

Alguns botânicos suíços da Universidade da Basileia desenvolveram um modelo para determinar a origem dos alimentos à um custo menor, visando detectar fraude alimentar, segundo informações divulgadas pela revista Vida Rura, de Portugal. Este novo modelo foi desenvolvido em colaboração com o Agroisolab Gmb, empresa especializada em análise de isótopos. 

Ele foi criado para permitir simulação da relação isótopo de oxigénio em plantas de cada região, eliminando assim a necessidade de um recolhimento demorado de dados de referência. Este modelo baseia-se em dados de temperatura, precipitação, humidade e informação sobre a época de crescimento de uma planta, dados disponíveis a partir de bases de dados acessíveis ao público, diz a revista. 

De acordo com o botânico Florian Cueni, o equipamento testou e validou o modelo num conjunto de dados de referência δ18O para morangos recolhidos em toda a Europa ao longo de 11 anos. O estudo de caso mostrou que o modelo pode simular a origem dos morangos com um elevado grau de precisão. 

“Com pequenos ajustes nos parâmetros, o nosso modelo pode ser usado para determinar todos os produtos vegetais”, disse o investigador que liderou o projeto, Ansgar Kahmen. Tal permitiria simplificar e acelerar a análise convencional dos isótopos, simulando com precisão as regiões de origem dos géneros alimentícios agrícolas. 

“Produtos alimentícios fraudulentos, especialmente em relação a falsas alegações de origem geográfica, impõem danos econômicos de US $ 30 a US $ 40 bilhões por ano. Métodos de isótopos estáveis, usando isótopos de oxigênio (δ 18 O) em particular, são as principais ferramentas forenses para identificar esses crimes. Os modelos de isótopos de oxigênio estáveis fisiológicos da planta simulam como os valores de precipitação δ 18 O e as variáveis climáticas moldam o δ 18Valores O de água e compostos orgânicos nas plantas”, diz o resumo do artigo. 

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