Dez frigoríficos brasileiros de carne bovina, todos habilitados a exportar para o mercado chileno, começaram a ser inspecionados ontem por veterinários do Serviço Agrícola e Pecuário do Chile. A missão de técnicos chilenos tem por objetivo auditar o processo de tipificação de carcaças feito por certificadoras brasileiras para essas empresas.
O trabalho dos veterinários chilenos, que está sendo acompanhado por um veterinário do Serviço de Inspeção Federal do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, foi iniciado ontem pela Cooperativa Industrial de Carnes e Derivados de Goiás, em Goiânia. Depois de inspecionar outros frigoríficos goianos, a missão chilena segue para Barra do Garça, no Mato Grosso.
De acordo com roteiro divulgado pelo Ministério da Agricultura, na quinta-feira os técnicos chilenos visitarão o Estado de São Paulo onde vão auditar frigoríficos em São José do Rio Preto, Barretos, José Bonifácio, Promissão, Presidente Prudente e Nova Andradina. Eles permanecerão em São Paulo até a próxima segunda-feira, primeiro de setembro. Na terça-feira, dia 2, a missão inspecionará o Frigorífico Bertin, em Naviraí, no Mato Grosso do Sul.
A última etapa da missão chilena será cumprida no Rio Grande do Sul, no município de Bagé. Os veterinários chilenos vão concluir seu trabalho no Brasil em 6 de setembro, com uma reunião técnica na Delegacia Federal da Agricultura do Rio Grande do Sul, em Porto Alegre, quando farão um balanço da visita em cinco estados.
Vendas externas
Segundo o Ministério da Agricultura, os frigoríficos exportadores de carne bovina aumentaram em 12% o volume de animais abatidos em julho deste ano em comparação com julho de 2002, evoluindo de 441,4 mil para 495,9 mil cabeças. As quatro maiores indústrias, que respondem por 80% das vendas externas de carne bovina, aumentaram o abate em 20% no mesmo período. O Ministério da Agricultura atribui o aumento de abates à aceitação por parte do setor privado do Sistema Brasileiro de Identificação e Certificação de Origem Bovina e Bubalina (Sisbov).
Técnicos do setor lembraram que, desde o último dia 15 de julho, toda carne exportada para os países que integram a União Européia deve ser procedente de animais incluídos na base de dados do Sisbov pelo menos 40 dias antes do abate.
O Sisbov - lançado no Brasil no início de 2002 - prevê a identificação do gado por brinco ou chip, a criação de uma base de dados e controle de movimentação de animais a partir de um documento expedido pelo próprio sistema de informática. Tudo isso já está em funcionamento. Atualmente, o Brasil tem 4,6 milhões de animais cadastrados no Sisbov e 7 milhões de números de identificação distribuídos para pecuaristas, além de 20 certificadoras credenciadas pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento.
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