Milho silagem: déficit hídrico compromete produtividade
Produção de milho silagem enfrenta desafios climáticos
O Informativo Conjuntural divulgado nesta quinta-feira (05) pela Emater/RS destacou o avanço do cultivo de milho silagem no Rio Grande do Sul, com diferentes estágios de desenvolvimento e variações nas expectativas de produtividade entre as regiões.
O milho silagem plantado precocemente já se aproxima da maturação em várias localidades do Estado, enquanto nas regiões da Campanha e Fronteira Oeste, o plantio das cultivares de ciclo tardio foi iniciado. Em áreas afetadas pelo déficit hídrico registrado entre o final de outubro e meados de novembro, especialmente no Noroeste e Centro, as perdas de produtividade são consideradas irreversíveis. Por outro lado, nas regiões onde a umidade do solo se manteve adequada, há expectativa de uma safra superior à anterior.
A Emater/RS-Ascar projeta para a safra 2024/2025 um total de 357.311 hectares cultivados no Estado, com produtividade média estimada em 39.457 kg/ha.
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Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, na Campanha, o plantio segue avançando. As lavouras destinadas à produção de leite, que utilizam a silagem como principal fonte de alimento volumoso, recebem maior investimento. Em Aceguá, 60% dos 2.500 hectares previstos já foram semeados, enquanto Hulha Negra atingiu 55%. Apesar disso, há relatos de infestação por buva (Conyza sp.) e milhã (Digitaria sp.). Em Santana do Livramento, na Fronteira Oeste, a estimativa é de mil hectares cultivados, com 40% já implantados.
Em Erechim, produtores preparam as ensiladeiras para a colheita, que deve atingir produtividade média de 40 mil kg/ha, com comercialização a R$ 400,00 por tonelada.
Na região de Frederico Westphalen, 30% das lavouras estão em florescimento e 70% em enchimento de grãos, com expectativa média de 41 toneladas por hectare. Já em Pelotas, o plantio alcançou 55% da área prevista, com a maior parte das lavouras em estádio vegetativo. Em Santa Maria, o plantio precoce foi concluído, e mais de 50% das lavouras já estão em fase reprodutiva, embora poucas áreas estejam aptas para colheita.