Milho pode subir com problemas na safrinha
Estoque final está justo para atender demanda, sem nenhuma folga; Exportações seguem aquecidas
Os analistas da T&F Agroeconômica acreditam que há mais motivos de alta do que de baixa a médio e longo prazo para a alta dos preços do milho no mercado brasileiro. “O estoque final brasileiro está na exata medida de um mês de uso para atender a sua demanda, sem nenhuma folga para demandas extras eventuais”, aponta a Consultoria.
“Embora a colheita do milho safrinha tenha atingido a média nacional de 45%, os atrasos nas colheitas do Mato Grosso do Sul e do Paraná, por excesso de umidade estão forçando os preços de Santa Catarina e do Paraná nas últimas semanas. Com os últimos dados relatados pela CONAB, reduzindo a produção da safrinha, e, mais importante, reduzindo as exportações, o estoque final brasileiro está na exata medida de um mês de uso para atender a sua demanda, sem nenhuma folga para demandas extras eventuais”, ressalta a equipe de analistas da T&F.
De acordo com a Consultoria ARC Mercosul, os preços do milho seguem firmes no mercado interno brasileiro, com oferta ainda restrita e bom interesse dos consumidores finais e ritmo forte de exportações: “No Brasil, a colheita da safrinha segue regular com 44.7% do milho já colhido até 17 [de Julho]. Apesar de continuarmos acompanhando o ritmo médio histórico, está foi a primeira vez em 2020 que o avanço da colheita ficou abaixo do observado em 2018. O MS e o PR continuam com problemas de trabalhos de campo”.
Ainda de acordo com os analistas da ARC Mercosul, os compromissos de exportação alcançaram 7,59 milhões de toneladas, permanecendo “dentro do ritmo necessário para atingir 35 milhões de toneladas ao final do ano comercial 2020”. Além disso, na Argentina a colheita de milho caminha para sua fase final, com quase 90% da área já colhida até o momento.