Conforme dados da TF Agroeconômica, os contratos futuros de milho na B3 apresentaram fechamento misto nesta terça-feira (19), refletindo o avanço acelerado do plantio no Brasil e sinais de firme demanda interna e externa. Segundo a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), o plantio da primeira safra de milho já alcançou 52,4%, superando os 49% registrados no mesmo período do ano passado. Esse progresso, aliado à grande demanda interna e preços nacionais acima de Chicago e outras origens, projeta um aumento no volume disponível do grão no país.
Outro fator positivo foi a reversão do atraso no plantio da soja, que abriu espaço para uma janela adequada ao plantio do milho safrinha, garantindo boas perspectivas para o próximo ciclo. No mercado externo, a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (ANEC) revisou para cima a estimativa de exportações brasileiras de milho em novembro, de 5,37 milhões para 5,57 milhões de toneladas, embora o volume ainda fique ligeiramente abaixo das 5,66 milhões de toneladas exportadas em outubro.
Apesar do otimismo com a demanda, as cotações dos principais contratos futuros na B3 recuaram. O contrato de janeiro/25 fechou a R$ 72,92, com baixa de R$ 0,88 no dia e acumulando queda de R$ 3,82 na semana. Já o vencimento março/25 encerrou a R$ 73,83, com queda diária de R$ 0,78 e semanal de R$ 2,90. O contrato de maio/25 também recuou, fechando a R$ 72,22, registrando baixas de R$ 0,45 no dia e R$ 1,67 na semana.
O cenário reflete uma combinação de fatores: o avanço no plantio e a expectativa de oferta maior no Brasil pressionaram os contratos mais curtos, enquanto a firmeza na demanda, tanto doméstica quanto internacional, aponta para um mercado ainda aquecido no médio prazo.