Milho exportação: prêmios recuam para alguns meses
“Os preços do milho também foram pressionados pela renovação do acordo de grãos do Mar Negro"
No mercado de milho brasileiro para exportação os prêmios recuaram para alguns meses, com o acordo do Mar Negro pressionando, de acordo com informações divulgadas pela TF Agroeconômica. “Os prêmios mantiveram em $15 cents/bushel para julho23; avançaram $2 cents para $55 agosto; permaneceram em $53 em setembro; recuaram $ 1 cnts para $ 52 para outubro e mantiveram $ 55 cents para novembro”, comenta.
“Os preços do milho também foram pressionados pela renovação do acordo de grãos do Mar Negro, disse o banco alemão Commerzbank em relatório enviado a clientes. Na semana passada, as cotações registraram mais de 5% de queda, em virtude do alívio causado pela continuidade da exportação de milho ucraniano. Um pouco acima de US$ 5,60 por bushel, a commodity chegou a ser negociada em seu valor mínimo desde julho do ano passado e bem abaixo do que antes do início da invasão da Ucrânia pela Rússia”, completa.
Segundo a analista do Commerzbank, Thu Lan Nguyen, outra justificativa é a previsão de uma oferta robusta para a nova safra. "Depois que a oferta em 2022/23 caiu em relação à temporada anterior, em parte por causa dos danos causados pela seca na Europa e nos Estados Unidos, em particular, o Departamento de Agricultura do país (USDA) espera que a produção vá se recuperar", afirmou na nota.
“A União Europeia registrou queda de 26% em sua oferta ante 2021/22. Somado a isso, o USDA também projeta uma safra robusta do Brasil, que superou os EUA como maior exportador mundial de milho e que deve continuar assim em 2023/24", conclui a consultoria agroeconômica.