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Milho está extremamente atrasado no Mato Grosso

Com a pouca disponibilidade de área para o plantio, o Imea reduziu as projeções de aumento de área em 0,08%



Foto: Marcel Oliveira

O plantio da segunda safra de milho está atrasado no Mato Grosso em função das fortes chuvas que impedem a colheita da soja. Conforme o Instituto Mato-Grossense de Economia Aplicada (Imea) o plantio do cereal no estado avançou 18,70 p.p. e alcançou 54,66% das áreas. Desta forma a semeadura atual segue abaixo da média das últimas cinco safras, e também fica como a segunda mais atrasada da série histórica do Instituto, atrás apenas da safra 10/11.

Entre as regiões, a nordeste se mantém à frente com 68,54% semeados, em segundo a médio-norte com 61,36%, e por fim, a mais atrasada, fica a centro-sul, com 29,85%, afetada pelo excesso de chuva na região.

Com a pouca disponibilidade de área para o plantio, o Imea reduziu as projeções de aumento de área em 0,08% em relação ao último acompanhamento, totalizando 5,68 milhões de hectares. Por fim, devido a semeadura ainda não ter encerrado, o IMEA manterá a estimativa de produtividade em 106,29 saca/hectare, o que resulta em uma produção estimada de 36,26 milhões de toneladas para Mato Grosso. 

Em Sorriso, maior produtor de soja, o grande volume de chuvas dos últimos dias mantém a oleaginosa na lavoura e o milho segue bastante atrasado. Segundo o Sindicato Rural local o município tem, em média, 450 mil hectares de lavoura, sendo que 50% estão semeados. 

“O milho está extremamente atrasado. O agricultor deixou um pouco de lado com a preocupação de tirar a soja. Temos 50% do milho plantado onde já deveria ter se findado ou terminando essa semana no máximo”, disse o presidente do Sindicato Rural, Silvano Filipetto. 

O indicador Imea-MT registrou elevação de 2,83% em relação à semana passada, após alta do dólar e menor disponibilidade do grão no estado. Assim, o preço médio do milho disponível ficou em R$ 66,69/sc. As cotações do cereal na B3 tiveram alta de 1,78% ante a semana passada, justificada pela elevação da moeda norte-americana. Com isso o preço médio do cereal ficou em R$ 88,26/sc.
 

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