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Milho em Chicago: Semana de alta com fechamento acima de US$ 4,75/bushel

As cotações do milho em Chicago registraram um pequeno aumento nesta semana



Foto: Nadia Borges

As cotações do milho em Chicago registraram um pequeno aumento nesta semana, com o fechamento da quinta-feira (28) atingindo US$ 4,88/bushel, em comparação com os US$ 4,75 da semana anterior. A colheita nos Estados Unidos avançou para 15% da área plantada, superando a média histórica de 13%, mas ficando abaixo das expectativas de mercado, que esperavam 17%. Das lavouras ainda não colhidas, 53% foram classificadas como boas a excelentes, um aumento em relação aos 51% da semana anterior. Outros 29% estavam em condições regulares e 18% em condições ruins a muito ruins. Destas, 70% estavam na fase de maturação.

Segundo a análise de mercado da Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (CEEMA), quanto aos embarques de milho pelos Estados Unidos na semana encerrada em 21/09, o volume atingiu 660.811 toneladas, alinhando-se com as expectativas de mercado. Isso resulta em um total de 1,96 milhão de toneladas exportadas no novo ano comercial 2023/24, que teve início em 1º de setembro, representando um aumento de 15,7% em relação ao mesmo período do ano anterior.

No Brasil, os preços do milho permaneceram estáveis, com a média gaúcha fechando a semana em R$ 52,00 por saco. Nas outras regiões do país, os preços variaram entre R$ 35,00 e R$ 54,00 por saco. Em relação às exportações, o Brasil já exportou 6,6 milhões de toneladas nos primeiros 15 dias úteis de setembro, um aumento de 2,7% em relação a setembro do ano passado. A média diária dos embarques estava 43,9% acima da registrada no mesmo mês do ano anterior, evitando uma queda mais acentuada nos preços internos do milho, devido ao recorde de colheita da safrinha.

Quanto ao plantio da nova safra de verão 2023/24, ele atingiu 18,3% da área total esperada na semana passada. Os estados mais avançados nesse processo foram o Paraná, com 58%, Rio Grande do Sul, com 46%, e Santa Catarina, com 43%. No entanto, dados atualizados para o Paraná indicam que o plantio da nova safra de verão de milho já atingiu 71% da área prevista no final da semana passada.

Apesar da estabilidade geral nos preços, o câmbio teve um impacto ascendente nas cotações de exportação, favorecendo os preços na B3. Os preços do milho variaram entre R$ 58,39 e R$ 66,16, de acordo com os diferentes contratos mais recentes. Nesse contexto, alguns analistas já preveem a possibilidade de os contratos do início do próximo ano atingirem R$ 70,00 por saco em um futuro próximo.

A incerteza reside na duração da valorização do câmbio acima de R$ 5,00 por dólar, o que depende da evolução das taxas de juros nos EUA e no Brasil, bem como da pressão inflacionária global causada pelo aumento nos preços do petróleo nos mercados internacionais. A desvalorização do Real, que ultrapassou o patamar de R$ 5,00 nesta semana, marca a primeira vez em cerca de quatro meses. Entretanto, se o câmbio se manter acima de R$ 5,00, os preços do milho e de outras commodities, como a soja, podem se beneficiar.

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