Milho deve manter preços atuais no Brasil
Isso ocorre porque a área plantada foi menor, e agora ainda apresenta pequena quebra
De acordo com projeção da T&F Consultoria Agroeconômica, o mercado interno de milho no Brasil deverá manter nos níveis atuais para a safra de verão até meados de junho. Segundo o analista Luiz Fernando Pacheco, isso ocorre porque a área plantada foi menor, e agora ainda apresenta pequena quebra.
“Com isto, os preços estão subindo e os produtores, entusiasmados, deverão aumentar a área de milho safrinha e, assim, aumentar também a oferta, que, espera-se (esta é a fotografia atual) deverá pressionar os preços, que poderão despencar a partir de julho. Já ouvimos analistas falar que poderão cair abaixo de R$ 32,00 FOB, talvez menos (nos estados do Sul) ou R$ 35,00 CIF preços que não compensarão guardar o produto armazenado”, explica Pacheco.
O especialista aponta que a elevação dos preços das últimas semanas, somada às notícias de problemas climáticos em algumas lavouras, fez com que os vendedores simplesmente saíssem do mercado, à espera de preços melhores: “Negociações de lotes, praticamente nenhuma. O que há é o abastecimento regular de granjas, em pequenos lotes da ‘mão-para-a-boca’, para manter a alimentação diária dos animais”.
Já na exportação, destaca ele, os preços estão em queda, embora haja demanda internacional. “A Argentina deve recuperar volume, nos EUA o etanol está com conta negativa, devendo reduzir a demanda interna pelo cereal. Isto deve aumentar os estoques internos americanos e fazer pressão
sobre os preços externos. A perspectiva do preço mundial, portanto, é do nível atual, para mais baixo”, conclui.