Milho cai na Bolsa de Chicago
As cotações do cereal caíram pelo oitavo dia consecutivo

O milho negociado na Bolsa de Chicago (CBOT) fechou em queda pelo oitavo dia consecutivo nesta terça-feira, com as cotações do cereal impactadas por tarifas comerciais. De acordo com a TF Agroeconômica, o contrato de março, referência para a safra de verão brasileira, caiu 0,97%, ou US$ 4,25/bushel, para US$ 436,00, enquanto o contrato de maio recuou 1,04%, ou US$ 4,75/bushel, para US$ 451,50. Essa é a pior sequência negativa de 2025, com os fundos prolongando a liquidação de contratos após a implementação de tarifas comerciais contra México, Canadá e China.
As tarifas impostas pelo governo dos Estados Unidos, como a de 25% sobre o México e o Canadá e 20% sobre a China, afetaram diretamente o mercado de milho. Como resposta, o governo chinês anunciou tarifas de 10% sobre diversos produtos agrícolas, incluindo soja e milho, com início programado para 10 de março. Além disso, o México, maior importador mundial de milho, deve anunciar suas próprias tarifas em breve, enquanto o Canadá também se prepara para aplicar tarifas de 25% sobre produtos dos EUA.
“O milho negociado em Chicago fechou em queda nesta terça-feira. As cotações do cereal caíram pelo oitavo dia consecutivo, a pior sequência negativa até agora neste ano e uma das mais adversas dos últimos anos. O motivo foi a entrada em vigor de tarifas contra México, Canadá e China. Diante disso, os fundos prolongaram a liquidação dos contratos’, afirma.
Em paralelo, os preços pagos aos produtores brasileiros de milho também mostraram variações nos últimos dias, com algumas regiões registrando aumentos. Em Assis Chateaubriand, no Paraná, o preço subiu para R$ 62,29/saca, enquanto em outras localidades, como Barreiras, na Bahia, houve uma queda para R$ 61,00/saca. Essas flutuações refletem as tensões comerciais e as mudanças no mercado global.