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Milho bate recorde de 2024

Aumento expressivo reflete uma retração dos vendedores



Foto: USDA

Segundo informações do Cepea, o Indicador do milho ESALQ/BM&FBovespa, que mede o preço da saca na região de Campinas-SP, encerrou a primeira dezena de outubro com média de R$ 66,18 por saca, a maior do ano em termos nominais. O aumento expressivo reflete uma retração dos vendedores, em meio a um clima seco e quente que mantém produtores afastados dos negócios.

Os agricultores estão atentos à previsão do tempo, especialmente nas áreas do Centro-Oeste, aguardando uma possível mudança climática para decidir sobre as vendas. A combinação de clima desfavorável e incertezas quanto à oferta tem motivado os produtores a segurarem seus estoques, o que reduz a liquidez no mercado spot.

Ao mesmo tempo, compradores mostram maior interesse em adquirir milho, buscando recompor estoques e se proteger de uma possível escalada nos preços. Essa postura firme de compra, segundo pesquisadores do Cepea, sustenta a alta dos preços, especialmente com a oferta restrita pelas mãos dos vendedores.

O atual cenário climático mantém o mercado travado: enquanto vendedores esperam por condições mais favoráveis para negociar seus estoques, compradores se antecipam, temendo uma baixa disponibilidade no curto prazo. Se as chuvas esperadas para as próximas semanas não se confirmarem, o cenário pode se agravar, pressionando ainda mais as cotações do milho.

Assim, o comportamento do clima nas próximas semanas será decisivo tanto para definir a oferta quanto para influenciar o ritmo de negócios no mercado de milho e sua precificação até o fim de 2024.

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