Milho: prêmios seguem recuados
“Sem a referência de Chicago, as exportações do dia foram prejudicadas"
No mercado brasileiro de milho para exportação, os prêmios recuaram na segunda-feira e permaneceram nesta terça-feira, de acordo com informações divulgadas pela TF Agroeconômica. “Os prêmios mantiveram em $-50 para julho23; mantiveram em $50 para agosto; mantiveram em $ 40 setembro, mantiveram em $ 38 para outubro e caíram $ -2 cents para $ 45 cents para novembro”, comenta.
“Sem a referência de Chicago, as exportações do dia foram prejudicadas. Na última segunda-feira, último dia útil e primeiro depois do relatório, os preços do milho nos portos brasileiros tinham recuado cerca de R$ 6,00/saca, o que provocou a retração dos vendedores brasileiros. Como nesta terça-feira, não houve a referência da CBOT, por feriado nos EUA, teremos que esperar até amanhã para vermos as verdadeiras reações do mercado ao último relatório do USDA sobre o mercado físico brasileiro. Mas, há dois fatos já certos: a grande oferta de milho brasileiro para exportação no segundo semestre e a grande redução da safra americana. Isto poderá ser muito benéfico para as exportações brasileiras a médio e longo prazos (a curto prazo terá que reagir um pouco ainda)”, completa.
No Paraguai, a safra 22/23 está 99,5% vendida e a safra 23.24 está 31% comercializada. “A venda de milho da safra 22/23 no mês de junho foi de 0,5 ponto percentual (p.p.), totalizando 99,5% vendidos. Principalmente pela má qualidade, as vendas de milho da safra passada foram insignificantes e daqui para frente serão piores com a chegada do milho 23/24 com sua excelente qualidade”, indica.
“No entanto, as vendas de milho 23/24 cuja colheita se inicia, timidamente deve-se lembrar, foi de 6 p.p. acumulando 31%. O negócio com o milho da safra nova absorveu volumes importantes e com forte participação da demanda de álcool, para não dizer que ficou sozinho já que a demanda interna é praticamente a única que compra antes da safra. Os chamados polleros (criadores de frangos) compram desde o início da colheita. Com o Brasil fora do mercado devido aos preços não competitivos com as exportações fluviais, a demanda multinacional pelo rio Paraguai foi o outro grande comprador”, conclui.