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Milho: preços sobem, mas ainda não cobrem custos totais

Preços variam entre R$ 42,00 e R$ 60,00 por saco



Foto: Divulgação

De acordo com a Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (CEEMA), o mercado de milho no Brasil enfrenta desafios tanto na produção quanto na comercialização. Com uma safrinha menor que o esperado, os preços do cereal no mercado interno apresentaram leve alta, mas ainda não suficientes para cobrir os custos totais de produção.

Atualmente, os preços variam entre R$ 42,00 e R$ 60,00 por saco, dependendo da região. O Mato Grosso, por exemplo, registrou um aumento significativo, com o preço em Campo Novo do Parecis subindo de R$ 36,00 para R$ 42,00 por saco. No Rio Grande do Sul, a média alcançou R$ 59,33, com algumas regiões registrando até R$ 57,00.

Apesar da alta, a CEEMA aponta que, segundo o Instituto Mato-Grossense de Economia Agropecuária (Imea), o preço ponderado para a safra 2024/25 no Mato Grosso, de R$ 37,91 por saco, cobre apenas os custos de custeio da lavoura. O custo total, que inclui despesas fixas e a margem de lucro do produtor, é estimado em R$ 54,38 por saco. Isso deixa um déficit de R$ 16,47 por saco, gerando preocupação entre os agricultores.

No cenário de exportação, o Brasil também enfrenta dificuldades. Segundo a Secex, nos primeiros 10 dias úteis de setembro, o país exportou 3,08 milhões de toneladas de milho, uma média diária 29,7% menor que a do mesmo período do ano passado. A CEEMA destaca que as exportações de julho e agosto já ficaram abaixo das expectativas, e setembro segue a mesma tendência. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) prevê exportações de apenas 30 milhões de toneladas, enquanto o mercado esperava pelo menos 40 milhões.

Com a colheita da safrinha finalizada, totalizando 90,2 milhões de toneladas, a produção brasileira de milho em 2023/24 chegou a 115,7 milhões de toneladas, 12,3% menor do que no ciclo anterior. Essa queda representa uma redução de 16,2 milhões de toneladas em comparação com a safra passada.

Com a baixa produtividade e as dificuldades nas exportações, muitos produtores brasileiros começam a repensar o tamanho das áreas a serem semeadas com milho na próxima safra.

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