Milho: o que esperar do mercado?

Segundo a Análise do Especialista divulgada pela Grão Direto nesta segunda-feira (2), na última semana, o milho sofreu pressões negativas essa semana com o ritmo de plantio superando os números do ano passado. A curva de futuros do milho apresentou baixas sucessivas na última semana com a boa expectativa sobre a janela de plantio para a segunda safra, apesar de recuperar números mais para o final da semana.

O mercado segue com boas perspectivas, o milho de verão segue avançando de forma consistente, com o sul do Brasil liderando a produção da primeira safra, seguido pela região sudeste. As condições climáticas continuam muito favoráveis, permitindo o progresso no plantio e no desenvolvimento das lavouras. A Conab deve anunciar, esta semana, o encerramento do plantio nos estados do sul, assim como em São Paulo. Em Minas Gerais (MG) a estimativa é de 85%. Esse avanço reforça o cenário positivo para a safra de verão, oferecendo boas perspectivas para produtores dessas regiões.

De acordo com a análise, apesar das expectativas de uma possível redução na área destinada ao milho segunda safra, o cenário atual indica uma continuidade otimista. Os preços mais baixos nos contratos futuros não afetaram o mercado físico, e a boa safra de soja, aliada à janela de plantio favorável, reforça a tendência de consolidação do milho segunda safra, o que pode impactar positivamente os preços nos próximos meses.

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O aumento no preço da arroba do boi gordo tem refletido indiretamente no mercado do milho, especialmente nos valores negociados na Bolsa de Valores (B3). A alta nas cotações bovinas ainda não foi totalmente sentida pelos pecuaristas, mas a expectativa é que os efeitos financeiros se intensifiquem no período das águas, previsto para abril. Nesta época, a escassez de pasto deve aumentar a demanda por milho, coincidindo com a entrada da segunda safra no mercado, gerando uma pressão adicional sobre os preços.

Para esta semana, o milho tende a manter a estabilidade, recuperando parte das perdas recentes e acompanhando a dinâmica do mercado físico. Apesar disso, o cenário de médio prazo promete maior volatilidade, especialmente com a chegada da segunda safra e o aumento sazonal da demanda, conforme a análise da Grão Direto.