Milho: início da colheita impede recuperação
“O milho paraguaio chegaria aos eventuais consumidores de Santa Catarina a preços um pouco acima (R$ 34,00)"
O início da colheita do milho no Brasil acabou impedindo uma plena recuperação dos preços do cereal. De acordo com o especialista Luiz Fernando Pacheco, analista da T&F Consultoria Agroeconômica, cotações do milho no mercado físico de Campinas tiveram um refluxo de alta de 1,33% nesta sexta-feira (18.01).
Nesse cenário, a alta somente ocorreu “diante da necessidade de abastecimento de pequenas granjas e indústrias, no varejo, que sempre pagam preços um pouco maiores. Como no mercado de lotes os negócios ficaram paralisados, prevaleceram os preços do varejo”, escreveu o analista em seu boletim informativo diário.
Além disso, os poucos negócios feitos no atacado, a preferência foi por milho tributado de Minas Gerais e do Mato Grosso do Sul, enquanto agricultores começam a colher os primeiros lotes da safra de verão no Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e Mato Grosso do Sul. “Com isto, alguns armazenistas (cerealistas) começam a oferecer milho remanescente de safra velha para desocupar as instalações a fim de poder receber soja e milho de safra nova”, indica.
“O milho paraguaio chegaria aos eventuais consumidores de Santa Catarina a preços um pouco acima (R$ 34,00) do que estão conseguindo no mercado interno (R$ 31,00 nas compras diretas dos agricultores). Há duas semanas eram R$ 37,00, no mercado de lotes. Nos portos, as referências finais permanecem de lado. As indicações para Jan/19 e Mar/19 estão em R$ 39,00/sc e R$ 39,50, respectivamente. A soma dos lineup’s de milho para Jan/19 está em 3,53 MT (+0,06 MT no dia), enquanto a da soja está em 2,77 (-0,06 MT no dia)”, conclui.