Milho: condições climáticas são propícias, contudo, ainda há riscos
Algumas regiões ainda relatam estresse hídrico e excesso de umidade
De acordo com os dados divulgados pelo boletim semanal de acompanhamento de safra realizado pela Conab, as condições climáticas foram favoráveis para os avanços da semeadura do milho em algumas regiões. Ainda assim, de maneira pontual, há relatos de estresse hídrico e excesso de umidade. Em Minas Gerais, as chuvas recentes proporcionaram condições favoráveis para as operações de plantio. No entanto, é notável que, em algumas áreas, há sinais de estresse hídrico nas lavouras, um indicativo de que a água disponível pode estar abaixo do ideal para o desenvolvimento ideal das culturas.
Já no estado de São Paulo, o processo de plantio avançou significativamente, e as lavouras estão mostrando um bom desenvolvimento. Esse progresso é um sinal positivo para os agricultores da região, indicando um início promissor para a temporada.
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No Rio Grande do Sul, a situação é bastante favorável. A presença de dias com boa radiação solar tem sido benéfica, especialmente para as culturas em fase reprodutiva. Além disso, as condições climáticas têm facilitado a realização dos tratos culturais, essenciais para a manutenção da saúde e do crescimento das plantas.
Por outro lado, no Paraná, o cenário é desafiador. O tempo chuvoso tem sido um obstáculo para a conclusão da semeadura e para a execução adequada dos tratos culturais. Esse excesso de umidade pode atrasar as operações agrícolas e afetar a qualidade das culturas.
Em Santa Catarina, o plantio progrediu modestamente. Os agricultores da região estão concentrando seus esforços na semeadura da soja. Embora o tempo esteja um pouco mais seco, a alta umidade no solo ainda representa uma dificuldade para a realização eficiente dos tratos culturais.
Na Bahia, o processo de semeadura está lento, seguindo o padrão das chuvas que caem na região. Essa lentidão no plantio pode impactar o calendário agrícola e, consequentemente, os resultados da safra.
No Maranhão, especificamente no sul do estado, o plantio também segue um ritmo lento, ajustando-se às irregularidades das precipitações. Essa variação no regime de chuvas exige dos agricultores uma adaptação constante às condições climáticas.
Em Goiás, após um período de pausa, a semeadura foi retomada graças ao retorno das chuvas. As áreas já semeadas estão mostrando um desenvolvimento satisfatório, um indicativo positivo para o desempenho futuro da safra.
PROGRESSO DA SAFRA
Semana de 27 de novembro a 03 de dezembro de 2023
No geral, considerando os nove estados monitorados, houve um aumento de 5% na última semana, alcançando 60% do progresso total. Comparado aos 71,2% do mesmo período da safra anterior, o progresso na safra 2023/24 está atrasada, influenciada fortemente pelas condições climáticas adversas no começo da temporada.
- No Maranhão, houve um aumento de 2% na semana de monitoramento em comparação com a semana passada, atingindo 4% do progresso. Em relação à safra anterior, que estava em 6%, há um atraso considerável, categorizado como atrasado.
- No Piauí, o progresso passou de 1% para 2% na última semana, ainda abaixo dos 4% do mesmo período na safra anterior. Este ritmo também é classificado como atrasado.
- A Bahia apresentou um aumento de 4% em relação à semana passada, atingindo 39% do progresso total. Contudo, comparado aos 63% da safra anterior, este progresso se enquadra na categoria muito atrasada.
- Em Goiás, observamos um salto significativo de 13%, passando de 10% para 23% na última semana. No entanto, este progresso ainda está bem abaixo dos 70% registrados no mesmo período da safra anterior, o que o coloca na categoria muito atrasada.
- Minas Gerais mostra um avanço de 13,3%, passando de 59,7% para 73%, mas ainda está abaixo dos 92% da safra anterior, sendo classificado como muito atrasado.
- São Paulo teve um aumento de 7% na última semana, alcançando 67% de progresso. Este número é inferior aos 100% do ano passado, indicando um estado muito atrasado'.
- No Paraná, o progresso se manteve praticamente estável, com um ligeiro aumento de 1%, alcançando 99% do total. Comparado aos 99% do ano passado, o estado está normal.
- Santa Catarina também teve um aumento modesto de 3%, atingindo 99%. Este número é comparável aos 97% do ano passado, categorizando o estado como adiantado.
- No Rio Grande do Sul, houve um pequeno aumento de 1%, de 80% para 81%, ainda abaixo dos 86% da safra anterior, sendo classificado como atrasado.
A análise é do meteorologista do Portal Agrolink, Gabriel Rodrigues com revisão de Aline Merladete com informações obtidas no boletim de Progresso de Safra da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab)