Milho: B3 encerra sessão com altas expressivas
Em Chicago o milho fechou em alta, puxada pela busca da demanda por novas origens
Os efeitos da guerra trouxeram grandes oscilações nas bolsas mundiais e a Bolsa de Mercadorias no Brasil (B3) não foi exceção, de acordo com informações que foram divulgadas pela TF Agroeconômica. “A commodity iniciou a semana pós-carnaval com grande variação positiva, onde os vencimentos tiveram em média 3% de alta por saca. O movimento foi impulsionado, em grande parte, pela troca de posições de milhos europeus, em que empresas buscam o milho brasileiro para cumprir compromissos estabelecidos com milho vindo da Rússia e Ucrânia, por exemplo”, comenta.
“Ao final do dia, as cotações fecharam da seguinte forma: o vencimento março/22 foi cotado à R$ 99,73 com alta de 2,47%, o maio/22 valeu R$ 99,49 com elevação de 2,83%, o julho/22 foi negociado por R$ 94,09 com valorização de 3,23% e o setembro/22 teve valor de R$ 93,80 com ganho de 3,01%”, completa a consultoria.
Em Chicago o milho fechou em alta, puxada pela busca da demanda por novas origens. “A cotação do milho para maio22 fechou em forte alta de 0,17% ou 1,25 cents/bushel a $ 725,0. A cotação de julho22, importante para as exportações brasileiras, fechou também em alta de 1,38% ou $ 9,75 cents/bushel a $ 698,0”, indica.
“As posições continuaram firmes, em um mercado que acompanha de perto a evolução da guerra entre Ucrânia e Rússia. Interpreta-se que, dada a menor oferta disponível em tais origens, a demanda se deslocará para outros países. As chuvas na América do Sul geraram tranquilidade do plano produtivo. Os preços do milho de Dalian estavam na vida das máximas do contrato, com outro ganho de 21 yuans para 2.864 yuans/MT (~ $ 11,51/bu). O preço do milho da nova safra de novembro na China também foi 25 yuan/MT superior, para 2.879 yuan/MT (~ $ 11,57/bu). Isso se compara com o inverso doméstico de US$ 1,12”, conclui.