Micro-organismos marinhos, nova arma contra o percevejo
Descoberta foi da Universidade Nacional da Colômbia
Como resultado de um estudo realizado por dois grupos de pesquisa da Universidade Nacional da Colômbia se estabeleceu que dois de 250 micro-organismos provenientes de algas, octocorais, esponjas e até sedimentos do fundo do mar de Santa Marta, Ilhas de Rosario e Providência contam com um grande potencial para combater o percevejo-raspador (Collaria Scenica).
O percevejo suga os nutrientes do pasto até provocar a seca em solos frios e por tal razão pode causar grandes perdas aos pequenos e grandes produtores de leite. O estudo afirma que essa situação levou a que uma das recomendações do grupo de professores, profissionais e estudantes que trabalham no projeto seja implementar uma série de boas práticas para o melhoramento do solo, além de combinar essa pastura com aveia, trevos ou outros tipos de forragem.
Por outro lado, como o quicuyo, pasto comum da Colômbia, se desenvolve melhor que estas espécies a alturas entre 1000 e 2000 metros, é indispensável contar com um produtor capaz de combater a Collaria scenia, uma de suas particularidades é haver desenvolvido resistência aos pesticidas convencionais, os quais causam aborto entre as vacas.
Com tamanhos entre dois e cinco milímetros e um ciclo de vida inicial estimado entre 40 e 45 dias – no qual o inseto não tem asas – outra das recomendações para seu controle é mudar os ciclos de pastoreio para atacar antes que chegue ao período adulto.
A possibilidade de voar faz com que o seu controle seja muito mais difícil, somado ao feito de que depois de cumprir 90 dias começa a colocar ovos muito perto do solo, zona que é inacessível para qualquer tipo de inseticida. Por isso, “seja qual seja o controlador empregado, uma das nossas sugestões é que se aplique oito dias antes do pastoreio e antes que se cumpram 40 dias”, diz a professora Nubia Moreno da equipe de trabalho do Instituto de Biotecnologia da Universidade Nacional da Colômbia.