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Mercado futuro é aposta para milho

Entre os fatores de alta, destaca-se a redução dos estoques globais



Entre os fatores de alta, destaca-se a redução dos estoques globais Entre os fatores de alta, destaca-se a redução dos estoques globais - Foto: Divulgação

A TF Agroeconômica destacou que a melhor estratégia para os produtores de milho neste momento é a utilização do mercado futuro na B3, aproveitando as cotações elevadas para fixação de preços. Caso os números da Conab se confirmem, os preços podem cair significativamente, tornando a fixação antecipada uma alternativa viável para proteger a rentabilidade. A recuperação do mercado físico deve ocorrer apenas em novembro, mas os agricultores precisarão vender parte da safra entre junho e julho para cobrir custos operacionais.  

No último relatório, a Conab aumentou sua estimativa para a safra brasileira de milho em 2,46 milhões de toneladas, totalizando 122,01 milhões de toneladas. Isso elevou os estoques finais em 1,47 milhão de toneladas, fator que pressionaria os preços para baixo. No entanto, a forte demanda das indústrias de carnes e etanol está impulsionando a negociação antecipada da safrinha. Atualmente, os preços médios pagos aos produtores, como os R$ 63,87/saca no Paraná, resultam em um prejuízo de aproximadamente 7,29%.  

Entre os fatores de alta, destaca-se a redução dos estoques globais projetada pelo USDA, agora em 290,31 milhões de toneladas, o menor volume desde 2014/2015. Além disso, há o bom desempenho das exportações dos EUA, atrasos no plantio da safrinha brasileira devido à colheita da soja e cortes na safra argentina, que caiu de 50 milhões para 46 milhões de toneladas, segundo a BCR. Outros fatores incluem a valorização do real frente ao dólar e a possível restrição das exportações brasileiras de etanol para os EUA.  

Por outro lado, a demanda chinesa enfraquecida pesa como fator baixista. O USDA reduziu a estimativa de importação da China para 10 milhões de toneladas em 2024/2025, uma queda expressiva de 57,28% em relação à safra anterior, o que pode limitar a recuperação dos preços no Brasil.

“Se os números da Conab se confirmarem, é possível que as cotações na B3 caiam
significativamente e, com isto, os produtores podem obter bons ganhos que, somados ao preço que obtiverem no mercado físico (que deverá se recuperar apenas em novembro, mas, eles terão que vender em junho/julho para pagar as contas), poderão ajudar na sua lucratividade anual”, conclui.
 

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