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Mercado espera pela retomada das exportações de carne bovina do Brasil para China

Definição pela volta da importação da carne bovina brasileira pela China está nas mãos do governo do gigante asiático


Foto: Divulgação

A definição pela volta da importação da carne bovina brasileira pela China está nas mãos do governo do gigante asiático, de acordo com o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro em reunião entre representantes do Ministério da Agricultura e da Administração Geral de Aduanas da China (GACC). A comercialização para a China está suspensa desde o dia 23 de fevereiro, quando houve a confirmação da doença em um boi de 9 anos, no Estado do Pará. O animal foi sacrificado e a carcaça incinerada. Segundo a Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB), a China é o país que o Brasil mais exporta carne bovina, representando aproximadamente 60% do total da produção do produto brasileiro.

Para Fábio Pizzamiglio, diretor da Efficienza, empresa especializada na assessoria para o comércio exterior, a retomada das exportações de carne bovina para a China é uma notícia muito positiva para o comércio exterior brasileiro. "O Brasil é um grande exportador de carne bovina para a China, e a suspensão das exportações impactou negativamente o setor. A retomada é fundamental para o país continuar sendo um importante fornecedor de proteína animal para o mercado chinês", afirmou o executivo.

Conforme os dados divulgados pela Efficienza, o entendimento do Governo Federal é de que não há mais impedimentos para a abertura do mercado, mas ainda é preciso se certificar de que a documentação apresentada às autoridades chinesas é satisfatória para os representantes do país. Na semana passada, um exame realizado em um laboratório de referência no Canadá confirmou que o caso de mal da vaca louca registrado no Brasil é isolado, ou seja, sem prejuízos para a qualidade da carne bovina produzida no país.

Segundo Pizzamiglio, a segurança alimentar é uma questão muito importante para os consumidores chineses. “Além disso, a comprovação de que a carne bovina brasileira é de qualidade e segura é um fator predominante para a manutenção das exportações", afirma. No entanto, o diretor da Efficienza ressalta que é preciso garantir que a documentação apresentada às autoridades chinesas esteja completa para evitar novos entraves nas exportações. "A burocracia é um desafio constante para o comércio exterior brasileiro, e é fundamental que todos os procedimentos sejam cumpridos corretamente para evitar problemas futuros", ressaltou o especialista.

É previsto que a demanda chinesa por carne bovina continue aumentando em 2023, resultando em um total de 3,52 milhões de toneladas em equivalente carcaça importadas para o país. Esse número representa um crescimento esperado de 2% em relação ao volume importado em 2022.

De acordo com um estudo recente da Secretaria de Inteligência e Relações Estratégicas (Sire), o Brasil é o maior exportador de carnes do mundo. No total, as vendas externas de carne bovina representam 52,6% do valor total exportado pelo país. De acordo com a Associação Brasileira de Frigoríficos (Abrafrigo), as exportações de carne bovina, incluindo produtos in natura e processados, registraram um aumento de 42% em relação ao ano anterior, gerando uma receita de US$ 13,09 bilhões para o país em 2022.

 

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