CI

Mercado do trigo: EUA e Rússia ditam ritmo

Cotações do trigo na Bolsa de Chicago se mantiveram relativamente estáveis



Foto: Canva

Segundo dados da Central Internacional de Análises Econômicas e de Estudos de Mercado Agropecuário (CEEMA), mercado global do trigo apresenta estabilidade com eventos regionais afetando o cenário.

As cotações do trigo na Bolsa de Chicago se mantiveram relativamente estáveis na primeira semana de dezembro, encerrando o pregão de quinta-feira (05) com o bushel a US$ 5,46, frente aos US$ 5,32 registrados na semana anterior. Apesar da estabilidade momentânea, a média de novembro foi de US$ 5,52/bushel, representando um recuo de 5,6% em relação a outubro e apenas 1,8% abaixo do mesmo período de 2023, conforme aponta a CEEMA.

Nos Estados Unidos, o foco do mercado está nos embarques do cereal. Na última semana de novembro, os envios somaram 296.106 toneladas, atingindo o volume acumulado de 11 milhões de toneladas no ano comercial atual — 32% superior ao mesmo período do ano passado.

Na Argentina, a colheita da nova safra de trigo já alcança 38,7%, com produção estimada em 18,6 milhões de toneladas. Como importante exportador mundial, o desempenho argentino é crucial para o equilíbrio do mercado global. Por outro lado, a União Europeia enfrenta sua pior estimativa de produção de trigo mole em 12 anos, com apenas 112,3 milhões de toneladas previstas. O clima chuvoso na França, principal produtor da região, afetou severamente as lavouras, resultando na menor colheita desde a década de 1980. Com isso, as exportações europeias devem cair para 25 milhões de toneladas em 2024/25, comparadas aos 35,3 milhões do ciclo anterior.

Na Austrália, o clima também trouxe desafios. Chuvas fortes rebaixaram entre 2,5 milhões e 5 milhões de toneladas de trigo para a categoria de ração animal, correspondendo a até 16% da produção total. Ainda assim, o país deve colher 31,9 milhões de toneladas na temporada atual, acima da média de 10 anos, que é de 26,6 milhões.

Enquanto isso, na Rússia, mudanças políticas e comerciais prometem reconfigurar o mercado. A cota de exportação de trigo poderá ser reduzida em dois terços entre fevereiro e junho de 2025, limitando os embarques a 11 milhões de toneladas, contra 29 milhões em 2024. Além disso, as taxas de exportação foram elevadas em mais de 18% em dezembro, como medida para proteger o mercado interno.

 

Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.