Mercado de trigo segue lento no Sul do Brasil
No Paraná, o trigo paraguaio continua sendo a opção mais competitiva
De acordo com a TF Agroeconômica, o mercado de trigo nas regiões Sul do Brasil enfrenta um ritmo lento, influenciado por baixa demanda de farinhas e divergências entre as expectativas de vendedores e compradores. No Rio Grande do Sul, os moinhos estão utilizando cerca de 50% de trigo novo, combinado com estoques antigos, enquanto se preparam para cobrir as necessidades de janeiro. As ofertas giram em torno de R$ 1.230,00 no interior para o próximo mês, mas a liquidez permanece baixa. Para dezembro, valores CIF na Serra alcançam R$ 1.270,00, inviáveis para vendedores que pedem valores mais altos. Exportações também começam a ganhar espaço, com os primeiros navios de trigo sendo movimentados.
Em Santa Catarina, a demanda fraca por farinha desacelera o mercado local. Moinhos têm indicado valores de R$ 1.350,00 CIF para trigo diferido, mas os vendedores resistem a negociar por esse preço. Nos preços pagos diretamente aos triticultores, houve variações regionais: destaque para os aumentos em São Miguel do Oeste (R$ 74,75/saca) e Joaçaba (R$ 71,00), enquanto locais como Rio do Sul registraram queda para R$ 68,00/saca.
No Paraná, o trigo paraguaio continua sendo a opção mais competitiva, seguido pelo argentino, que supera o gaúcho em preços. O mercado no estado reflete a mesma lentidão vista em Santa Catarina e Rio Grande do Sul, com vendedores pedindo R$ 1.500,00 FOB ou CIF moinho, enquanto os compradores oferecem até R$ 1.450,00. A expectativa é de que os preços se ajustem somente após o término da colheita, já que muitos produtores continuam vendendo diretamente.