Mercado de trigo no sul do Brasil segue parado
Em Santa Catarina, as cooperativas ainda recebem os últimos lotes da safra local
De acordo com a TF Agroeconômica, o mercado de trigo no Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná apresenta baixa movimentação e expectativas moderadas para o início de 2024. No Rio Grande do Sul, o mercado local já está encerrado para 2024, sem novas demandas para moinhos em dezembro. As negociações para janeiro e fevereiro seguem escassas, com ofertas de compradores na faixa de R$ 1.300,00 (posto Serra) para embarque na segunda quinzena de janeiro e pagamento em março. No centro do estado, os moinhos indicam valores de R$ 1.250,00 (posto). Moinhos de fora continuam ausentes, comprando apenas ofertas ocasionais.
Em Santa Catarina, as cooperativas ainda recebem os últimos lotes da safra local, mas os preços estão superiores ao trigo do Rio Grande do Sul CIF. Apesar da alta procura por farelo, a baixa moagem limita o atendimento. As ofertas do Rio Grande do Sul variam entre R$ 1.220,00 e R$ 1.240,00, mais o frete, enquanto lotes do Paraná chegam a R$ 1.400,00 mais frete. Moinhos locais têm adquirido trigo do oeste de Santa Catarina e do Rio Grande do Sul, com preços chegando a R$ 1.450,00 e R$ 1.360,00, respectivamente, incluindo o frete. Os preços pagos aos triticultores catarinenses caíram em diversas regiões: R$ 72,00/saca em Canoinhas, R$ 69,00 em Chapecó, R$ 68,00 em Rio do Sul e R$ 73,00 em Xanxerê e São Miguel do Oeste.
No Paraná, a dificuldade de repassar os custos da matéria-prima para as farinhas mantém o mercado estagnado. Os moinhos aguardam maior pressão de venda em janeiro e fevereiro para adquirir trigo a preços mais competitivos. Atualmente, vendedores pedem R$ 1.450,00 FOB, enquanto compradores indicam R$ 1.400,00 CIF, mas com pouca movimentação. Os moinhos continuam recebendo trigo do Paraguai, Rio Grande do Sul e Argentina, aumentando os estoques para as primeiras semanas de 2024.