Mercado de trigo no Sul: Vendas lentas e preços baixos
O mercado local também viu uma variação nos preços da pedra
O mercado de trigo no Rio Grande do Sul segue enfrentando dificuldades, com negociações lentas e um foco maior em honrar contratos futuros. Segundo a TF Agroeconômica, os moinhos locais relatam vendas fracas e preços baixos das farinhas, o que dificulta novas compras. Os preços pedidos pelos vendedores de trigo se mantiveram estáveis, variando de R$ 1.200,00 na região das Missões até R$ 1.250,00 no planalto e áreas do Norte do estado. Além disso, moinhos de outros estados criticam a qualidade do trigo gaúcho, com características como baixo W e FN, além de uma estabilidade inferior à esperada.
No setor de exportação, o cenário não é muito diferente. Os preços para o trigo milling padrão não atendem às expectativas dos vendedores. O melhor preço ofertado foi de R$ 1.285,00 CIF Porto para embarque em janeiro de 2025, enquanto a exportação de trigo para ração teve negociações registradas por R$ 1.245,00 para embarque em dezembro e pagamento em janeiro. Mesmo assim, as vendas internacionais permanecem tímidas.
Em Santa Catarina, os primeiros lotes de trigo colhido foram oferecidos aos moinhos com preços variando entre R$ 85 e R$ 90 a saca, com valores chegando a R$ 1.500,00 CIF por tonelada. O mercado local também viu uma variação nos preços da pedra, com uma alta de R$ 74,00 em Canoinhas e oscilação de valores em outras regiões. Para o Paraná, o trigo argentino continua mais caro, com preços 6,33% acima do trigo local, mas ainda 2,72% abaixo do trigo gaúcho CIF. O mercado paranaense está em um impasse, com vendedores buscando R$ 1.500,00 FOB, enquanto os compradores estão dispostos a pagar apenas R$ 1.450,00.
A análise de preços e tendências do trigo nas principais regiões produtoras do Brasil destaca a frustração do setor, tanto nas vendas internas quanto na exportação, devido à combinação de preços baixos e qualidade questionada. A expectativa é de que os preços só se ajustem após a conclusão da colheita, quando uma maior oferta no mercado pode criar novas condições para as negociações.