Mercado de trigo mostrou baixa liquidez em janeiro

A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) divulgou o 5º Levantamento da Safra de Grãos 2024/25, apontando uma previsão de recuperação da produtividade do trigo para a safra 2025. De acordo com o estudo, a semeadura nos principais estados produtores está prevista para começar em meados de abril. A previsão de aumento da produtividade do trigo se baseia em modelos estatísticos, avaliações das tendências climáticas e de mercado.

Em relação à oferta e demanda, o mercado de trigo em janeiro de 2025 mostrou baixa liquidez, característica do período pós-recesso de final de ano. Os produtores estavam mais focados na safra de verão, enquanto a colheita da Argentina se aproximava do fim. Com a oferta mais restrita, aumentou a necessidade de importações para atender à demanda interna. No Paraná, a média mensal de preços foi de R$ 73,13 por saca de 60 kg, com uma valorização de 0,12%. Já no Rio Grande do Sul, a média ficou em R$ 65,27, com estabilidade nos preços.

No mercado internacional, a cotação média Fob Golfo subiu 0,4%, sendo cotada a US$ 251,67 por tonelada, impulsionada pelas adversidades climáticas na Rússia e nos Estados Unidos e pela redução nas exportações da região do Mar Negro. As previsões indicam menor oferta global, o que contribui para a valorização dos preços.

A safra 2024 foi consolidada com 3.058,7 mil hectares plantados, produtividade de 2.579 kg/ha e 7.889,3 mil toneladas colhidas. A estimativa de importação foi revisada de 6,2 milhões para 6,4 milhões de toneladas, e o estoque final da safra deve atingir 904 mil toneladas. Para a safra 2025, que começa em agosto de 2025, a Conab projetou uma área plantada de 2.995 mil hectares, uma queda de 2,1%, mas com previsão de aumento de 18% na produtividade (3.044 kg/ha). A produção estimada será de 9.117,9 mil toneladas, um aumento de 15,6%, com estoques finais projetados em 1.939,4 mil toneladas.