Mercado de trigo estagnado no Sul
No Paraná, o mercado também apresenta retração
No Paraná, o mercado também apresenta retração - Foto: Seane Lennon
De acordo com informações da TF Agroeconômica, a Emater-RS finalizou a estimativa da safra de trigo no Rio Grande do Sul em 3,75 milhões de toneladas, abaixo das expectativas de mercado, que projetavam 3,9 milhões de toneladas. A área colhida alcançou 1.322.167 hectares, com produtividade média de 2.839 kg/hectare (47,316 sacas por hectare). Apesar da conclusão da colheita, o mercado local permanece inerte, sem novas demandas para moinhos em dezembro. Para janeiro, as negociações continuam paradas, com indicações de compra na faixa de R$ 1.300,00 CIF na Serra e R$ 1.250,00 para moinhos do centro do estado.
Em Santa Catarina, o mercado segue lento devido à baixa demanda por farinha. Os moinhos indicam R$ 1.350,00 CIF para trigo diferido, mas os vendedores resistem a esses valores, aguardando preços mais altos. A dificuldade de comercialização de farinhas compatíveis com os custos da matéria-prima tem contribuído para a estagnação. Nos preços pagos ao produtor, houve variação entre as regiões: Canoinhas manteve-se em R$ 74,00/saca, enquanto São Miguel do Oeste e Xanxerê apresentaram valores de R$ 75,00/saca, com outras localidades registrando leves oscilações.
No Paraná, o mercado também apresenta retração, com preços recuando cerca de R$ 3,00 por saca. As indicações para os moinhos variam entre R$ 1.350,00 e R$ 1.400,00, dependendo da localização, mas o volume negociado permanece baixo devido à resistência dos vendedores. Para o trigo gaúcho, os preços FOB giram em torno de R$ 1.250,00, mas os moinhos paranaenses consideram o custo elevado quando somados o frete e o ICMS. A logística para exportação também enfrenta desafios, com preços portuários oscilando entre R$ 1.180,00 e R$ 1.200,00, o que contribui para o travamento do mercado.
