Mercado de trigo: Estratégias e perspectivas
A análise reforça a relevância de estratégias ajustadas
Conforme a TF Agroeconômica, as operações de Opções e NDF para dezembro de 2024 se aproximam do encerramento, destacando ganhos significativos para quem seguiu estratégias bem planejadas. Aqueles que compraram trigo em níveis entre $535 e $5,50 por bushel e venderam a $610 obtiveram lucros entre R$127,87 e R$159,84 por tonelada, além da variação cambial positiva de +5,84% desde agosto. Já quem aguardou demais ou evitou operações enfrentou perdas ou lucros reduzidos. O mercado futuro, mais dinâmico que o físico, exige leitura estratégica para maximizar oportunidades.
Entre os fatores que sustentam os preços, destacam-se tensões no Mar Negro e estoques globais reduzidos. Países como Indonésia e Oriente Médio possuem estoques para apenas 45 dias, enquanto restrições impostas por Rússia e Ucrânia, além de vendas limitadas da Austrália, agravam a escassez. A produção argentina, estimada em 17,6 milhões de toneladas pelo Ministério da Agricultura local, está abaixo de projeções anteriores, reforçando a perspectiva de menor oferta. No Brasil, os preços subiram 0,30% no Rio Grande do Sul e 0,51% no Paraná na última semana, mesmo no auge da safra, acumulando altas anuais de 2,8% e 13,99%, respectivamente.
Por outro lado, fatores de baixa incluem a valorização do dólar, que encarece exportações americanas, e a expansão da capacidade de moagem no Brasil, com novos moinhos pressionando preços. No RS, há ainda boa disponibilidade de trigo, com 2,8 milhões de toneladas para atender demandas locais e interestaduais. A análise reforça a relevância de estratégias ajustadas, especialmente em um mercado futuro dinâmico, onde oportunidades e riscos caminham lado a lado.