Mercado de soja: Recomendações e perspectivas de alta e baixa
Entre os fatores de alta, destaca-se o aumento expressivo das exportações de óleo
Segundo a TF Agroeconômica, o mercado internacional da soja enfrenta tendências majoritariamente baixistas devido ao excesso de produção global, elevados estoques finais e possíveis sanções comerciais dos Estados Unidos à China. Contudo, mesmo sem as sanções, a dinâmica natural de maior oferta e menor demanda aponta para quedas nas cotações em Chicago. Em resposta, a recomendação é fixar os preços da soja na B3 em São Paulo, tanto para a safra antiga quanto para a nova, reservando 10% a 20% do volume para surpresas no mercado ao longo da temporada.
Entre os fatores de alta, destaca-se o aumento expressivo das exportações de óleo de soja dos EUA, com crescimento de 1.597% em relação ao mesmo período de 2023. Além disso, no Brasil, a demanda pelo óleo de soja para biocombustíveis segue elevada, com previsão de crescimento para atender à mistura B15, que demandará 8 milhões de toneladas de óleo anualmente. No entanto, esse aumento no esmagamento de soja exige encontrar destino para 4,7 milhões de toneladas adicionais de farelo.
Por outro lado, fatores de baixa incluem a queda nas vendas de soja norte-americana, com uma redução de 49% em relação ao relatório anterior, e a perspectiva de produção recorde na América do Sul, que pode superar 230 milhões de toneladas. A produção de soja na China permaneceu praticamente inalterada, enquanto no Brasil, os preços recuam devido à menor demanda no final do ano, mas a tendência é de alta em janeiro com a retomada do mercado.
Por fim, dados técnicos apontam para a redução na posição líquida vendida dos fundos de investimento em futuros e opções de soja, sinalizando um movimento mais cauteloso dos investidores. O mercado continua atento às condições climáticas na América do Sul e à evolução da demanda global para ajustar suas estratégias.