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Mercado de soja: o que esperar para 2025?

No Brasil, o mercado de soja deve continuar com um cenário de volatilidade



Foto: Divulgação

De acordo com a Análise do Especialista divulgada pela Grão Direto nesta segunda-feira (13), o mercado de soja em 2025 promete ser um ano de desafios e oportunidades, com expectativas mistas envolvendo o Brasil e seus principais concorrentes, como a Argentina, além de influências climáticas que podem impactar os rendimentos da cultura.

A Argentina, terceiro maior produtor mundial de soja, apresenta perspectivas otimistas para a safra 2024/25, com um crescimento projetado de 5%, alcançando 52 milhões de toneladas. A área plantada também deverá aumentar, chegando a 17,8 milhões de hectares. No entanto, fatores climáticos como a seca, especialmente em regiões críticas, e a substituição do milho por soja devido à cigarrinha-do-milho levantam preocupações. O fenômeno La Niña, embora de intensidade moderada, continua afetando o país, com previsões de chuvas reduzidas em 40% em algumas áreas produtoras, o que pode comprometer tanto a soja quanto o milho, conforme apontado pelo Grão Direto.

No Brasil, a previsão climática para os próximos dias indica chuvas intensas no Norte, Centro-Oeste e Sudeste, com acumulados superiores a 100 mm em algumas áreas de Minas Gerais, Espírito Santo, Goiás e partes do Nordeste. Em contrapartida, o Sul, especialmente no Rio Grande do Sul, poderá enfrentar um clima mais seco, com chuvas abaixo da média, o que pode impactar o desenvolvimento das lavouras de soja.

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Em 2024, o Brasil registrou exportações de soja no volume de 97,2 milhões de toneladas, com projeções otimistas para 2025, que podem superar a marca de 100 milhões de toneladas. No entanto, o ritmo das exportações tem sido lento. Para janeiro de 2025, a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) estima uma queda nas exportações de soja, com 1,71 milhão de toneladas embarcadas, contra 2,4 milhões no mesmo período de 2024. A redução é atribuída a fatores econômicos e ao mercado mais seletivo, que afeta os prêmios no mercado externo.

De acordo com o Grão Direto, o contrato futuro de soja na Bolsa de Chicago apresentou uma movimentação significativa na última sexta-feira, com o preço inicial do contrato março/25 em US$10,00/bushel. Após a divulgação do relatório de oferta e demanda (WASDE) do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA), o preço disparou mais de 3,5%, superando os US$10,30/bushel. Se essa tendência continuar, o mercado poderá testar o nível de US$10,75/bushel. Porém, se os preços retornarem à faixa de US$10,15/bushel, existe o risco de uma queda adicional, com o mercado podendo ser negociado novamente em torno de US$9,90/bushel.

No Brasil, o mercado de soja deve continuar com um cenário de volatilidade, com possíveis movimentos de alta, caso o dólar permaneça favorável para as exportações. No entanto, o mercado interno deve enfrentar uma pressão de desvalorização dos prêmios, tanto para a soja disponível quanto para a safra futura, devido à maior oferta e ajustes econômicos globais.

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