Mercado de sementes enfrenta desafios logísticos
De acordo com Lima Júnior, o cenário deverá se normalizar até o final de outubro
Em conclusão, a eficiência logística será um fator decisivo - Foto: Divulgação
José Carlos de Lima Júnior, sócio da Markestrat Group e cofundador da Harven Agribusiness School, destaca em sua análise a realidade enfrentada pelo mercado de sementes com o início das chuvas e a demanda acelerada de entrega. Segundo ele, empresas que não possuem Centros de Distribuição próximos aos produtores já começaram a retirar lotes diretamente das UBS (Unidades de Beneficiamento de Sementes) para atender aos pedidos rapidamente.
A necessidade de contratar caminhões para o transporte, devido à baixa oferta e à demanda concentrada, eleva significativamente os custos de frete junto às transportadoras. Essa situação gera um dilema para os empresários do setor: com margens apertadas e compras já fechadas pelos produtores, os custos adicionais de frete acabam recaindo sobre os sementeiros que vendem diretamente ou sobre revendas e cooperativas que atuam como intermediárias. O autor aponta que, durante os próximos 45 dias, esta será a realidade para muitos empresários do agronegócio brasileiro, ressaltando a importância da logística na otimização das margens de lucro, conforme orientações de Rafael Vieira.
De acordo com Lima Júnior, o cenário deverá se normalizar até o final de outubro nas regiões sul e cerrado, e até o final de novembro na região do Matopiba. Portanto, os players que se anteciparam em organizar a logística podem se sair melhor nesse período de intensa movimentação no campo.
Em conclusão, a eficiência logística será um fator decisivo para os empresários do agronegócio brasileiro durante o período de plantio. Aqueles que se anteciparam e estruturaram bem suas operações de transporte terão uma vantagem competitiva, enquanto os demais enfrentarão desafios com o aumento dos custos de frete e a pressão sobre as margens já apertadas.
