Mercado de seguros cresce 11,6% em 2024
A crescente incidência de eventos climáticos também impacta o mercado
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O mercado de seguros brasileiro segue em expansão e deve crescer 11,6% em 2024, atingindo R$ 747,3 bilhões, com projeção de alta de 10,1% em 2025. Segundo a Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), o setor pode representar 10% do PIB até 2030. Mesmo diante de um cenário econômico desafiador, o setor demonstra resiliência, impulsionado pelo aumento da demanda por seguros de vida, previdência privada e saúde suplementar. As informações são de Márcio Batistuti, Diretor Comercial da MAG Seguros.
Entre os segmentos de maior crescimento, destacam-se os seguros de pessoas, com projeção de alta de 15,6% em 2024, impulsionados por mudanças legislativas, como a isenção do ITCMD para planos de previdência. Já o setor de saúde suplementar deve avançar 10,9% nos próximos dois anos. No entanto, o seguro rural enfrenta desafios, com crescimento estimado em apenas 0,5% este ano, refletindo a falta de incentivos para ampliar a cobertura, que ainda protege apenas 6% da área agrícola do país.
“Esses números indicam um setor robusto e resiliente, capaz de prosperar mesmo em um cenário econômico desafiador, como o que se espera para 2024, com inflação superior à meta e uma recuperação econômica moderada. O mercado de seguros, no entanto, se destaca por sua capacidade de crescer acima da média de outros segmentos da economia”, comenta.
A crescente incidência de eventos climáticos também impacta o mercado, aumentando os pedidos de indenização. No Rio Grande do Sul, as seguradoras pagaram R$ 6,1 bilhões em sinistros devido a enchentes em 2024. Além disso, a regulamentação das Associações de Proteção Veicular (APVs) e a ampliação da subvenção para o seguro rural são desafios que exigem atenção para garantir a estabilidade e crescimento sustentável do setor.
“Com um panorama geral favorável, o mercado de seguros no Brasil tem tudo para continuar se expandindo, trazendo benefícios tanto para a economia quanto para os cidadãos que buscam maior segurança e proteção financeira. Contudo, será necessário continuar o trabalho conjunto entre as seguradoras, as autoridades regulatórias e o governo para enfrentar os desafios e aproveitar as oportunidades que surgem à frente”, conclui.