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Mercado de milho registra leves valorizações

Exportações brasileiras de milho em ritmo lento


Foto: Divulgação

Na última semana, o mercado de milho registrou leves valorizações, impulsionado pela alta do dólar e prêmios nos portos, resultando em preços positivos tanto na BM&F Bovespa quanto no mercado interno brasileiro. Segundo a análise semanal do Grão Direto, as exportações de milho estão se aquecendo, com a Associação Nacional dos Exportadores de Cereais (Anec) prevendo que o Brasil exporte 4,51 milhões de toneladas em julho, um aumento de 410 mil toneladas em relação à semana anterior. A colheita da segunda safra de milho avançou significativamente, de 61,1% para 74,2% do total cultivado, superando os 39,3% do mesmo período em 2023.

Apesar do aquecimento recente, o ritmo das exportações de milho está abaixo do esperado. Comparado ao ano passado, as exportações de milho caíram 25% no período de janeiro a junho, totalizando apenas 8,76 milhões de toneladas. Em julho, o ritmo também está mais lento, com uma queda de 18% e projeções indicando que não ultrapassará 2 milhões de toneladas até o fim do mês. Esse cenário se deve à janela estendida de exportação da soja, principalmente aproveitada pela China.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) projeta que o Brasil exporte 50 milhões de toneladas de milho nesta safra. Até o momento, as exportações acumuladas estão em 8,36 milhões de toneladas, de acordo com o SECEX, e devem fechar o mês em torno de 10 milhões. Para atingir a meta do USDA, o Brasil precisaria exportar cerca de 8 milhões de toneladas por mês a partir de agosto. Apesar do histórico de exportação do Brasil, a Argentina pode se tornar um concorrente significativo, devido a um acordo comercial com a China que pode viabilizar a compra do milho argentino, cuja produção deve aumentar 50% em relação ao ano passado, totalizando aproximadamente 50 milhões de toneladas. Além disso, os Estados Unidos também devem entrar no mercado no final do semestre, com uma produção estimada em cerca de 380 milhões de toneladas.

O produtor brasileiro continua esperando por melhores preços para comercializar seu milho, aguardando uma recuperação na demanda internacional, que permanece fraca. Atualmente, o milho argentino é mais competitivo no mercado internacional. Para que o milho brasileiro se torne mais atrativo, seria necessário um aumento da oferta ou uma redução das vendas argentinas, forçando uma valorização dos preços.

Uma estratégia recomendada é o "seguro de alta", oferecido pela Grão Direto. Essa opção permite que produtores se beneficiem de uma possível alta de preços enquanto fazem caixa a curto prazo. Para mais informações, os produtores podem entrar em contato com o time de Serviços Financeiros da Grão Direto.

Segundo a Grão Direto, pode haver movimentos positivos nas cotações de Chicago e BM&F Bovespa, refletindo no mercado físico. No entanto, esses movimentos ainda não serão significativos devido à falta de demanda. O mercado de milho continua a apresentar desafios, mas com estratégias adequadas e monitoramento das condições de mercado, os produtores podem encontrar oportunidades para melhorar sua rentabilidade.

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