Mercado de milho: Desafios e expectativas
No Paraná, a Conab observou que as chuvas ajudaram no desenvolvimento das lavouras
De acordo com a TF Agroeconômica, a colheita de milho no Rio Grande do Sul começou de forma lenta, com um progresso de apenas 1% da área plantada até o momento, bem abaixo dos 3% registrados no ano anterior. A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) destacou que a redução das chuvas em novembro impactou a produtividade, especialmente no Alto Uruguai, onde as produtividades estão inferiores às da safra passada.
Apesar disso, o estado foi o primeiro a iniciar os trabalhos da safra 2024/2025. No mercado local, os preços variam entre R$ 70,00 e R$ 74,00 nas principais localidades, com pedidos iniciando a R$ 75,00 FOB, mas com os produtores demonstrando paciência.
Em Santa Catarina, a colheita também está atrasada em relação a 2023, com a Conab informando que, embora as condições climáticas estejam favoráveis para o desenvolvimento das lavouras, o estado ainda não atingiu a mesma área colhida da safra passada, que já tinha 2% da área colhida nesse período. O mercado local apresenta preços mais altos, com valores entre R$ 72,00 e R$ 75,00 nas regiões de Chapecó e Campos Novos, com compradores indicando valores a partir de R$ 72,00 no interior e R$ 73,00 a R$ 75,00 CIF fábricas.
No Paraná, a Conab observou que as chuvas ajudaram no desenvolvimento das lavouras, mas o mercado segue com negociações limitadas, principalmente devido às festas de final de ano. As cotações em Ponta Grossa variaram entre R$ 71,00 e R$ 72,00 FOB, enquanto em Paranaguá os preços CIF oscilaram entre R$ 76,00 e R$ 77,00, com poucas transações registradas.
Por fim, em Mato Grosso do Sul, o mercado de milho no Spot praticamente desapareceu no final de ano. A Aprosoja/MS indicou uma redução na área dedicada ao milho, com uma diminuição de 2,3 milhões de hectares na safra 2022/2023 para 2,1 milhões em 2023/2024. No mercado local, em Dourados, os preços variaram entre R$ 64,00 e R$ 65,00 por saca FOB, mas as vendas foram limitadas, com produtores aguardando a retomada das negociações em janeiro.