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Mercado brasileiro de milho segue com perspectivas de alta

China enfrenta queda nas cotações de milho após uma safra recorde



Foto: USDA

A análise do mercado de grãos divulgada nesta segunda-feira (23) pela Grão Direto revelou que as exportações norte-americanas de milho mantiveram um ritmo lento na última semana, pressionando as cotações na bolsa de Chicago. Embora o cenário de exportação seja desfavorável, a queda nos preços pode abrir oportunidades de vendas em valores mais competitivos. No Brasil, por outro lado, o volume de milho embarcado até a última semana representa apenas 35,16% do total exportado em setembro de 2023.

Quanto às previsões para esta semana, de acordo com a análise, em relação ao mercado interno, o boi gordo e a indústria de etanol de milho apresentaram sinais de fortalecimento. A arroba do boi gordo negociada na B3 teve alta de 3,06% na última semana, marcando o quinto aumento consecutivo. Esse crescimento é impulsionado pela indústria de etanol de milho no Centro-Oeste, que vem ganhando espaço devido à alta nos preços do etanol após queimadas nos canaviais. O cenário atual oferece melhores margens aos pecuaristas, especialmente com os preços do milho ainda favoráveis, o que tende a sustentar os valores na região.

Já em relação à segunda safra do milho, dados do Instituto Mato-grossense de Estudos Avançados (IMEA) apontam que, diante dos preços atuais dos fertilizantes e do milho futuro, as margens dos produtores estão negativas. Essa condição pode levar à redução da área plantada para a próxima safra. Estima-se que cerca de 55% dos fertilizantes necessários para o milho da segunda safra ainda não foram adquiridos, o que gera incerteza no setor.

No cenário internacional, a China enfrenta queda nas cotações de milho após uma safra recorde, a quarta consecutiva, com uma forte pressão nos preços futuros no mercado de Dalian. O contrato com vencimento mais próximo na DCE atingiu seu menor nível desde julho de 2020, refletindo a fraca demanda por importações. O USDA havia projetado que a China importaria cerca de 21 milhões de toneladas de milho na safra 2024/25, mas, até o momento, o país adquiriu apenas 13 mil toneladas. A baixa demanda chinesa deve continuar pressionando os preços do milho em Chicago.

Apesar do cenário internacional de incerteza, o mercado brasileiro de milho segue com perspectivas de alta, impulsionado pela demanda interna, especialmente devido ao fortalecimento da indústria de etanol e a elevação do preço da arroba do boi gordo.

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