Mercado: Soja pressionada, milho firme e trigo em alta
No caso do milho, o cenário é de otimismo

Segundo dados da TF Agroeconômica divulgados na manhã desta quinta-feira (11), o mercado agrícola iniciou o dia com movimentos distintos entre os grãos, influenciados principalmente pelo relatório do USDA divulgado ontem. A soja registra leve queda nos contratos de maio na CBOT, cotados a US$ 1.027,4 por bushel (-1,50), enquanto os preços para julho permanecem estáveis e os de novembro sobem 3,0%, refletindo a redução dos estoques finais nos EUA. No Brasil, o indicador CEPEA fechou em R$ 137,36 (+0,37% no dia e +3,91% no mês), impulsionado pela valorização externa e pela alta mensal. A Conab, no entanto, revisou para cima a estimativa da safra nacional, agora em 167,87 milhões de toneladas, ainda abaixo das projeções do USDA.
No caso do milho, o cenário é de otimismo. Os contratos de maio na CBOT subiram para US$ 484,75 (+1,75), com apoio da queda dos estoques globais e norte-americanos, conforme apontado pelo USDA. Já no mercado interno, o milho na B3 também avançou para R$ 80,57 (+1,27%), enquanto o indicador CEPEA caiu levemente para R$ 85,57 (-0,17% no dia e -2,44% no mês). Apesar do aumento dos estoques finais projetados pela Conab em 1,85 milhão de toneladas, observa-se maior consumo doméstico e redução nas exportações. A pressão dos preços, no entanto, continua incentivando os produtores a venderem grandes volumes.
O trigo, por sua vez, retomou a trajetória de alta após leve correção na véspera. Os contratos de maio na CBOT subiram para US$ 545,0 (+7,0), refletindo a menor oferta mundial apontada no relatório norte-americano. No Brasil, os preços recuaram no Paraná (CEPEA R$ 1.561,43, -0,30% no dia), mas seguiram em leve alta no Rio Grande do Sul (CEPEA R$ 1.465,02, +0,02% no dia), estado que concentra a maior disponibilidade do cereal atualmente.