Menos de 5% para o final da safra de trigo
Excesso de umidade ainda é um desafio
Analisando as últimas informações divulgadas pelo Boletim Semanal da Conab, observamos um cenário misto no que diz respeito ao progresso da colheita agrícola no Brasil, com foco especial nos estados do Rio Grande do Sul e Santa Catarina.
No Rio Grande do Sul, o clima mostrou-se desfavorável para o avanço da colheita em algumas regiões, especialmente no Planalto Superior. As chuvas frequentes nestas áreas não apenas atrasaram a colheita, mas também afetaram a qualidade dos grãos. Este fenômeno climático, caracterizado por períodos de precipitação intensa, pode levar a uma série de desafios na agricultura, como a dificuldade de acessar os campos para colher e a deterioração da qualidade do grão, que pode ocorrer devido à exposição prolongada à umidade.
Já em Santa Catarina, as condições climáticas foram mais favoráveis para a colheita. No entanto, o impacto das chuvas na qualidade e na produtividade do grão ainda é uma preocupação significativa. Observa-se a germinação de grãos na espiga, um problema que geralmente ocorre quando os grãos são expostos a umidade excessiva durante a fase de maturação. Além disso, a incidência de doenças nas plantações é outro efeito negativo das chuvas, que pode comprometer tanto a quantidade quanto a qualidade da produção.
"Do total nacional, restam apenas 3,5% das áreas de trigo ainda em campo. Destas, a maior parte estão concentradas em Santa Catarina, onde ainda restam 23% das áreas ainda a serem colhidas. Ao mesmo tempo que no Rio Grande do Sul, a safra chega cada vez mais ao final, restando apenas 6% das lavouras em campo", analisa o meteorologista Gabriel Rodrigues.