Mastite pode reduzir produção leiteira em 40%
Vacas acometidas por esse problema têm o leite descartado
A produção leiteira pode sofrer até 40% de redução com a incidência de mastite nas vacas. Esta é uma das doenças mais preocupantes dessa atividade e sua incidência é alta no verão. “O clima quente e úmido dessa época do ano acaba sendo mais propício à proliferação de bactérias que causam a inflamação da mama dos bovinos”, explica Antonio Coutinho, gerente de produtos de animais de produção da Vetoquinol Saúde Animal.
Vacas acometidas por esse problema têm o leite descartado, o que acarreta graves prejuízos não só ao bem-estar dos animais mas também à sustentabilidade econômica da fazenda. “Há mastite clínica e subclínica. Na clínica, o produtor consegue visualizar alterações no leite, além de inchaços e vermelhidão nos tetos. Já na subclínica, as alterações nas glândulas não são visíveis, possibilitando o espalhamento rápido pelo rebanho”, informa Coutinho.
O especialista informa que a mastite clínica pode ser diagnosticada em três diferentes graus. “O primeiro grau provoca apenas alterações no leite e, na maioria dos casos, pode ser tratado com medicamentos à base do princípio ativo ceftiofur. No grau 2, percebe-se alterações no leite e inflamação nos tetos. Por fim, no terceiro grau, podemos observar, além dos sinais anteriores, a prostração do animal. Nesses dois estágios mais avançados, o tratamento deve associar anti-inflamatórios e antibióticos”, reforça Antonio Coutinho.
É possível diminuir a incidência da mastite no rebanho leiteiro com cuidados preventivos, como o manejo adequado de qualidade e a implementação de protocolos sanitários. Entretanto, com o período chuvoso, quando o animal tem contato com a terra molhada ou ambientes mais úmidos, é preciso redobrar a atenção, já que essa simples ação pode favorecer a instalação da doença a partir das bactérias presentes no local.
* Informações assessoria de imprensa