CI

Manejo de pastagens sustentáveis impulsiona a pecuária

Setor vive um novo paradigma no controle de plantas daninhas



Foto: Canva

O Brasil, lar do segundo maior rebanho bovino do mundo, com impressionantes 238,6 milhões de cabeças, enfrenta desafios históricos no manejo de suas pastagens. Desde os métodos rudimentares, como o uso de fogo, até as soluções tecnológicas de ponta, a trajetória da pecuária brasileira reflete o equilíbrio entre produtividade e sustentabilidade. Segundo o artigo "Evolução do manejo das áreas de pastagem: da roçada às tecnologias sustentáveis", assinado pelo agrônomo Stanley Monteiro, o setor vive um novo paradigma no controle de plantas daninhas.

Desde a chegada dos primeiros bovinos ao Brasil no século XVI, as plantas daninhas sempre foram uma ameaça às pastagens. Competindo por nutrientes, água e luz, essas plantas provocam a degradação das áreas e impactam diretamente a produção de carne e leite. Nos primórdios, o fogo era a principal ferramenta para combater o problema, mas trouxe mais danos do que benefícios. Além de destruir a microbiota e o material orgânico do solo, as queimadas intensificavam a germinação de novas plantas daninhas.

Monteiro destaca que, embora o uso do fogo ainda seja permitido em situações específicas e sob regulamentação rigorosa, sua eficiência agronômica é limitada. “A prática pode agravar o problema no curto, médio e longo prazo”, alerta o especialista.

O início da revolução tecnológica

A mudança começou no final da década de 1960, com o lançamento dos primeiros herbicidas pela Corteva Agriscience. Essas novas moléculas ofereceram um controle eficiente das plantas daninhas, eliminando métodos rústicos como o uso de roçadeiras. Ao longo das décadas, os herbicidas evoluíram, tornando-se mais concentrados e sustentáveis, com redução de resíduos plásticos e emissões de CO2 no transporte.

Essas inovações possibilitaram não apenas o controle eficaz das plantas daninhas, mas também a recuperação de áreas degradadas, aumentando a produtividade das pastagens e reduzindo a pegada de carbono das propriedades.

Tecnologia aliada à sustentabilidade

Hoje, os herbicidas modernos podem ser aplicados com equipamentos de alta tecnologia, como tratores, aviões, helicópteros e drones. Essas ferramentas garantem eficiência, economia e rapidez no manejo, permitindo que grandes áreas sejam tratadas em menos tempo. Segundo Monteiro, essas inovações “levaram a pecuária a patamares melhores de produtividade, mostrando que é possível manejar as plantas daninhas de forma sustentável”.

Impactos no futuro do agronegócio

Com a crescente demanda global por alimentos, o Brasil consolida sua posição como um dos principais exportadores de carne e leite. A integração de soluções tecnológicas e sustentáveis no manejo de pastagens é crucial para atender a essa demanda, ao mesmo tempo em que se preservam os recursos naturais. Stanley Monteiro conclui que o avanço nas tecnologias de herbicidas e maquinários não apenas enriquece a vida dos pecuaristas, mas também gera empregos e renda, fortalecendo a cadeia produtiva do agronegócio brasileiro.

Assine a nossa newsletter e receba nossas notícias e informações direto no seu email

Usamos cookies para armazenar informações sobre como você usa o site para tornar sua experiência personalizada. Leia os nossos Termos de Uso e a Privacidade.