Mancha-alvo pode causar perdas de 15% a 20%
Controle adequado promove benefícios como maior número de vagens por planta
A mancha-alvo (Corynespora cassiicola) tem se tornado uma das principais ameaças à produtividade da soja no Brasil. Dados recentes apontam que a área tratada contra a doença aumentou 33% ao ano entre as safras 2018/19 e 2023/24, superando o avanço de outras doenças como ferrugem asiática, mofo-branco e antracnose.
O crescimento exponencial da mancha-alvo é reflexo de diversos fatores, incluindo a seleção genética de cultivares altamente produtivos, mas suscetíveis a patógenos, a ampla área cultivada e a interação entre diferentes condições climáticas e populações de fungos. "O manejo da cultura precisa levar em conta o complexo de doenças de cada região, pois as perdas podem atingir de 15% a 20% do potencial produtivo sem um controle preventivo eficaz", alerta Fábio Lemos, gerente de culturas e portfólio da FMC.
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A doença é caracterizada por manchas circulares que podem atingir até 2 cm de diâmetro, com centros escuros e anéis concêntricos. Estas lesões começam nas folhas inferiores e avançam, comprometendo a fotossíntese e o enchimento dos grãos. Fábio Lemos recomenda uma abordagem preventiva baseada em programas que combinem o uso de fungicidas multissítios e biológicos, aliados à rotação de culturas e alternância de ingredientes ativos para evitar resistência dos patógenos.
“Além de reduzir diretamente as perdas por doenças, o controle adequado promove benefícios como maior número de vagens por planta, folhas ativas por mais tempo e reflexos positivos em outros cultivos”, explica o gerente.
Uma das ferramentas recomendadas pela FMC é o fungicida Onsuva®, que combina uma carboxamida de amplo espectro e um triazol altamente seletivo. Segundo Lemos, essa formulação favorece a sustentabilidade no manejo de doenças ao aliviar a pressão de seleção sobre os patógenos e otimizar a eficácia do controle.