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Mais uma baixa para a soja em Chicago

Declarações de Trump causaram incertezas no mercado



A pressão sobre os preços da soja se deu pela previsão de uma colheita recorde no Brasil A pressão sobre os preços da soja se deu pela previsão de uma colheita recorde no Brasil - Foto: Nadia Borges

Segundo informações da TF Agroeconômica, a soja negociada na Bolsa de Chicago (CBOT) fechou em baixa nesta segunda-feira, refletindo a perspectiva de uma safra brasileira robusta. O contrato de janeiro, referência para a safra brasileira, encerrou o dia com queda de -0,43%, ou -4,25 cents por bushel, cotado a US$ 985,25. O contrato de março também recuou -0,50%, ou -5,0 cents por bushel, fechando a US$ 991,00. Além disso, o contrato de farelo de soja para janeiro teve baixa de -1,37%, ou -4,0 por tonelada curta, a US$ 287,9, enquanto o óleo de soja caiu -0,77%, ou -0,32 por libra-peso, para US$ 41,42.

A pressão sobre os preços da soja se deu pela previsão de uma colheita recorde no Brasil, com estimativas de consultorias variando entre 162,2 e 172,2 milhões de toneladas. Números oficiais, como os do USDA (169 milhões de toneladas) e da Conab (166,4 milhões), também superam os 154,5 milhões da safra 2023/24. Esse cenário reforça a competitividade brasileira no mercado internacional, afetando diretamente os contratos futuros em Chicago.

Outro fator que adicionou incerteza ao mercado foram as declarações do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, sobre possíveis tarifas de 100% contra membros do BRICS. Tal perspectiva criou apreensão no cenário geopolítico de comercialização. Em meio a isso, a China intensificou suas compras, adquirindo 134 mil toneladas de soja nesta segunda-feira, volume que se soma à grande aquisição feita na sexta-feira anterior. Essa estratégia reflete o movimento do país para reforçar seus estoques antes da posse do novo presidente americano.

Embora o ritmo de inspeção para exportação tenha diminuído -1,37% na semana, a China permaneceu como o principal destino da soja americana, absorvendo 45% do volume embarcado na última semana. Essa dinâmica mostra a relevância do mercado chinês e reforça a disputa entre Brasil e Estados Unidos pela liderança no fornecimento global da oleaginosa.
 

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