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Maior produção de cana-de-açúcar da história do Brasil é alcançada

Com um total de 654,43 milhões de toneladas de cana processadas, a safra encerrou-se com um aumento de 19,29%



Estado de São Paulo liderou esse crescimento, com um aumento significativo de 23,24% na moagem Estado de São Paulo liderou esse crescimento, com um aumento significativo de 23,24% na moagem - Foto: Arquivo Agrolink

A União da Indústria de cana-de-açúcar (UNICA) divulgou nesta sexta-feira (12.04) os números finais da safra 2023/2024, revelando um recorde produção de cana-de-açúcar na região Centro-Sul do Brasil. Com um total de 654,43 milhões de toneladas de cana processadas, a safra encerrou-se com um aumento de 19,29% em comparação com a temporada anterior, consolidando-se como a maior safra já registrada na história da região.

De acordo com os dados da UNICA, o Estado de São Paulo liderou esse crescimento, com um aumento significativo de 23,24% na moagem, totalizando 387,60 milhões de toneladas de cana processadas durante a safra 2023/2024, em comparação com 314,51 milhões de toneladas no ciclo anterior. Além disso, outros Estados importantes da região, como Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, também registraram recordes de processamento, com crescimento variando de 8,74% a 17,47%.

Segundo Luciano Rodrigues, diretor de Inteligência Setorial da UNICA, "pela primeira vez, registramos recordes na moagem, na fabricação de etanol e na produção de açúcar no mesmo ano. Os resultados superaram as expectativas iniciais, demonstrando o potencial e a resiliência do setor sucroenergético brasileiro".

Além do aumento na produção, a safra também foi marcada por uma notável recuperação na produtividade agrícola, com um rendimento médio de 87,2 toneladas de cana por hectare colhido, representando um aumento de 19% em relação à safra anterior. O Estado de São Paulo, responsável por 60% da moagem na região, registrou um crescimento ainda mais expressivo, com um aumento de 23,0% na produtividade agrícola.

Apesar desses resultados positivos, houve uma leve redução na qualidade da matéria-prima, com uma diminuição de 1,10% na concentração de açúcares na planta em comparação com o ciclo anterior. No entanto, essa redução foi menos significativa do que o esperado, dada a precipitação pluviométrica acima da média e o período prolongado de moagem registrado durante a safra. "Esse resultado observado no campo é resultado principalmente de um regime climático excepcional, aliado aos esforços contínuos da indústria sucroenergética para adotar tecnologias que maximizem os resultados na lavoura", concluiu Rodrigues.

 

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