Linha de crédito para cultivo protegido é proposta para combater danos em parreirais
Vitivinicultores paulistas buscam soluções para evitar danos causados por pássaros
Os vitivinicultores do estado de São Paulo estão enfrentando desafios com os danos causados por pássaros nos parreirais. As aves não apenas destroem as uvas diretamente, mas também facilitam a contaminação por bactérias e fungos, o que atrai insetos e compromete a qualidade das frutas e dos vinhos produzidos, conforme o informado pela Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo.
Para discutir soluções, a Câmara Setorial de Vitivinicultura, Vinho e Derivados da Secretaria de Agricultura e Abastecimento de São Paulo reuniu-se nesta quarta-feira (4) com representantes da Frente SP Vinhos. Durante o encontro, foi proposta a criação de uma linha de crédito específica, por meio do Fundo de Expansão do Agronegócio Paulista (FEAP), para incentivar o cultivo protegido.
Segundo a secretaria de agricultura, o uso de redes de proteção foi apontado como uma medida eficaz para evitar o acesso das aves às frutas. Além de proteger os parreirais, essas redes oferecem benefícios adicionais, como redução do impacto de chuvas de granizo e maior controle sobre doenças e outras adversidades climáticas.
Espécies como tordos, tentilhões, estorninhos e melros têm causado prejuízos aos vinhedos paulistas. Uvas danificadas, seja caídas ou ainda na planta, são potenciais fontes de doenças que podem comprometer toda a colheita, impactando negativamente a produtividade e a qualidade dos vinhos.
A proposta discutida na reunião visa criar uma linha de crédito voltada à aquisição e instalação de sistemas de proteção, que também poderiam beneficiar o cultivo de outras frutas como mirtilos, framboesas, amoras e morangos. O objetivo é garantir maior segurança para os produtores e fortalecer a cadeia produtiva do vinho no estado de São Paulo.