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Leite gaúcho mantém qualidade e produtividade

Boas práticas garantem qualidade do leite


Foto: Pixabay

A produção de leite no Rio Grande do Sul manteve-se estável nas últimas semanas, conforme aponta o Informativo Conjuntural divulgado nesta quinta-feira (22) pela Emater/RS-Ascar. As forrageiras apresentaram bom desenvolvimento, permitindo um manejo adequado para os bovinos de leite, especialmente nos sistemas de produção à base de pasto. A suplementação com farelos e rações balanceadas foi necessária para manter a produtividade. O estado corporal dos animais permaneceu estável, e a sanidade foi preservada com o controle de parasitas. O clima seco favoreceu a qualidade do leite, sem relatos de rejeição pelas indústrias ou problemas com a contagem de células somáticas e contagem padrão em placas. As temperaturas amenas contribuíram para o bem-estar animal, garantindo uma coleta de leite eficiente, sem interrupções.

Na região administrativa da Emater/RS-Ascar de Bagé, as condições climáticas favoráveis melhoraram o conforto das matrizes e reduziram problemas com barro e degradação das pastagens. Em Caxias do Sul, apesar dos baixos estoques de forragens, muitos produtores recorreram ao uso de silagem e sistemas mistos, além de comprar feno e silagem de outros produtores. Na região de Erechim, o tempo seco facilitou o manejo e reduziu os casos de mastite, com as práticas de vacinação e manejo reprodutivo sendo seguidas conforme os protocolos. Embora a comercialização esteja normal, houve uma leve desvalorização do leite devido ao aumento da oferta.

Em Frederico Westphalen, a produção de leite segue estável, sustentada pelo uso intensivo de ração e silagem, mas já há sinais de redução da produção em alguns municípios e uma expectativa de queda no preço. Em Ijuí, a produção aumentou cerca de 4% em relação à semana anterior, segundo uma cooperativa local, com a melhoria das condições de manejo e higienização dos animais devido ao clima mais seco e ensolarado. Em Passo Fundo, o uso de alimentos conservados, como silagens e pré-secados, tem sido necessário devido ao baixo nível de oferta de volumosos, exigindo ajustes no manejo dos lotes de animais.

Na região de Porto Alegre, a comercialização de terneiros sofreu uma redução de valores, e os produtores enfrentam desafios na venda de vacas de descarte devido ao alto custo de alimentação para engorda. Em Pelotas, a produção de leite segue em retomada lenta com a melhoria das pastagens cultivadas de inverno. Além disso, iniciou-se o preparo para o plantio de milho para silagem e a aquisição de sementes. Em Santa Maria, o rebanho, que estava com déficit nutricional pelo longo período sem forragem no outono, está se recuperando com o aumento da oferta de forragem. Na região de Santa Rosa, o tempo seco melhorou o manejo do rebanho, facilitou a manutenção dos piquetes e reduziu a incidência de doenças e carrapatos, resultando em aumento na produção e na qualidade do leite, com expectativas de estabilidade para agosto.

Por outro lado, na região de Soledade, o excesso de umidade no solo, a erosão das áreas de pastagens e a restrição de radiação solar em períodos anteriores causaram uma redução na oferta de pasto para o rebanho bovino leiteiro.

Em termos de comercialização, a Emater/RS-Ascar aponta que o preço médio mensal do litro de leite no Estado teve um aumento de 0,40% em comparação com o mês anterior, fechando em R$ 2,51.

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